Enquanto todas as pastorais pararam devido a pandemia, o terço continuou sendo rezado. Em especial, o Terço dos Homens. Ele era entoado diariamente pelo coordenador diocesano do movimento, Juares Machado Sobrinho. Ele rezava de casa e transmitia pelas redes sociais. No confinamento, ele começou a pesquisar e descobriu pela internet os homens não só da Diocese de Ponta Grossa, mas de todo o Brasil com a mesma devoção. Começaram, assim, a rezar juntos. Foi assim que o Terço dos Homens se difundiu. No último domingo (3), aconteceu, na Paróquia São José/Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o primeiro encontro diocesano do movimento.
Segundo o coordenador, 317 se inscreveram e 260 pessoas compareceram. “Foi grandioso. Vai ficar para a história. Fomos agraciados de muitas formas. O encontro foi muito mais do que esperávamos, em todos os sentidos”, avalia Machado, citando que eram 300 lugares reservados na igreja e, já muito antes do encerramento das inscrições, havia 317 inscritos. Tiveram que começar a dispensar pessoas. “Isso com toda a chuva do fim de semana, muita gente veio celebrar conosco e acompanhar a palestra do padre Wandemir Josué Meister, assessor nacional do Terço dos Homens, que estava pela região e veio rezar com a gente. Foi uma grande graça! “, acrescenta. Depois da acolhida, houve a entronização das imagens de São José, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Rocio e da Mãe da Divina Graça. Uma apresentação mostrou as comunidades por onde a coordenação peregrinou, rezando. Em seguida, começou a formação com padre Wandemir.
Cada dezena do Santo Terço foi rezada por homens diferentes: Marcos Ratuchinski (Paróquia Menino Jesus, de Guamiranga), Adriano Olanczuk (Paróquia Santo Antônio, de Imbituva), Marcos Carneiro (Nossa Senhora dos Remédios, Tibagi), Clemente Ostachevski (Paróquia São Pedro Apóstolo, de Ponta Grossa) e José Carlos Medeiros (Nossa Senhora de Fátima, Telêmaco Borba). Clemente Ostachevski integrava o grupo que iniciou o Terço dos Homens em Ponta Grossa, há 15 anos. Uma missa com o bispo Dom Sergio Arthur Braschi encerrou a programação.
De acordo com Juares Machado Sobrinho, momentos como o de domingo só reforçam a importância do homem leigo na caminhada. “A oração tem mudado a maneira de pensar, a forma de agir em casa e com os colegas de trabalho. Hoje, o terço tem muito mérito de fazer esse homem novo, porque a pessoa se torna diferente se participa ativamente. Temos muitos testemunhos. Vemos homens chegando aos prantos, contando o que eram antes, como eram cruéis e não se comportaram como filhos de Deus”, ressalta, adiantando que a coordenação está se estruturando para promover muitas outras formações, para trazer muito mais benefícios. “Não tenho dúvida que isso ocorrerá”.
O coordenador diocesano participou também, na segunda-feira (4) da IV Romaria Paroquial do Terço dos Homens, na Paróquia Santo Antônio, em Imbituva. Reuniram-se integrantes das 39 comunidades, em um total de aproximadamente 150 homens. O diácono Jorge Lacerda, da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Ponta Grossa, também acompanhou a romaria. Desde que assumiu a coordenação, em setembro de 2019, Juares Machado trabalha no levantamento do número de homens que participam do movimento. Das 640 comunidades da Diocese, ele conseguiu visitar 50, antes da pandemia. “A realidade era uma antes da pandemia, agora é outra bem diferente. Já rezamos na Pilar em 225 homens, hoje, não passam de 12 participantes. Eles ainda têm muito medo”, comenta ele, que é da Paróquia Nossa Senhora do Pilar, de Ponta Grossa.
da Assessoria