Na manhã desta quarta-feira (25), teve início a segunda edição do Encontro sobre Migração e Refúgio: Participação e Construção Comunitária. O evento é realizado pela Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de Londrina e a Universidade Estadual de Londrina (UEL). O encontro acontece no anfiteatro Cyro Grossi, no Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL.

As atividades de hoje prosseguem até as 17h, em torno do tema Participação Social e Políticas Públicas: atuação, articulações e atendimento aos refugiados, migrantes, apátridas e suas famílias. Também acontecem amanhã, das 8h às 12h, debatendo a temática Construções Coletivas: a importância das organizações e da interculturalidade no atendimento aos refugiados, migrantes, apátridas e suas famílias.

O objetivo da iniciativa é debater e estimular a reflexão acerca do suporte para migrantes, refugiados e apátridas, abordando diferentes temas em mesas redondas. Participam profissionais de várias áreas que atuam direta ou indiretamente no atendimento e/ou acompanhamento aos migrantes, refugiados e apátridas.

O vice-prefeito de Londrina, João Mendonça, disse que o tema tratado no encontro é muito importante, ainda mais agora em que o mundo vivencia diversos conflitos. “Londrina é uma cidade acolhedora e inclusiva. Aqui temos uma Secretaria de Assistência Social muito atuante, que dá o suporte necessário para estas famílias que se deslocaram para cá. Agradecemos as entidades parceiras da Prefeitura que nos ajudam com este brilhante trabalho, como a Cáritas Arquidiocesana”, frisou.

Segundo a secretária de Assistência Social, Jacqueline Marçal Micali, a intenção do encontro é discutir diversos aspectos da migração, que é um assunto muito atual. “Estamos recebendo muitas pessoas de fora e esse assunto volta à tona, em todos os lugares, quando acontece uma guerra, e em Londrina não é diferente. É um tema atual, devido às guerras que estão acontecendo no mundo, então precisamos debater sobre quem são estes migrantes e refugiados, quais são os seus direitos, como acolhê-los, e como fazer isso de forma harmônica para que a sociedade se conscientize”, destacou.

A secretária lembrou que em 2021 Londrina implantou o Programa de Atendimento e Acompanhamento aos Migrantes, Refugiados, Apátridas e Suas Famílias, inédito no Paraná, para atender os migrantes. “Este programa é a porta de entrada para os migrantes. Muitos deles chegam sem documentação, então é feito este atendimento relativo aos documentos, a acolhida, o referenciamento e os encaminhamentos para os serviços que eles necessitam, como saúde e educação”, explicou.

Segundo dados da SMAS, somente em 2022 foram feitos, pelo programa, cerca de 2.500 atendimentos na cidade. Em 2023, de janeiro até setembro, foram atendidas 1.008 pessoas de 46 nacionalidades. Dentre elas, 451 venezuelanos, 248 haitianos, 86 colombianos, 32 cubanos, 23 bengaleses e 12 peruanos.

A coordenadora do Colegiado do curso de Psicologia da UEL, Patrícia Silva Lúcio, enfatizou que o encontro é uma iniciativa muito importante para o município de Londrina. “Fico muito feliz de saber que a Prefeitura tem tido esta iniciativa de entender todo este movimento que ocorre em esfera mundial, para podermos mitigar preconceitos, propor soluções e, sobretudo, acolher esta população que sofre tanto. Este evento proporcionará uma troca muito relevante de experiências”, apontou.

O presidente da Cáritas, padre Alexandre Alves Filho, salientou que os migrantes se deslocaram para o Brasil por diversas razões, a maioria pelo fator econômico. “São pessoas que foram para outro país, onde se fala outra língua, para tentar ganhar a vida. A Cáritas Arquidiocesana, em parceria com a Prefeitura de Londrina, tenta devolver a dignidade a estas pessoas, a começar pelos documentos, e depois oferece outras assistências em relação a problemas que, no decorrer do processo, procuramos sanar”, enfatizou.

Entre os presentes à abertura do encontro, esteve o representante da Polícia Militar, Danilo Alexandre Mori Azolini.

da assessoria