Ainda faltam cerca de nove meses até as convenções partidárias, que ocorrem de 20 de julho a 5 de agosto de 2026, mas, nos bastidores, a corrida já começou. No Paraná, vários nomes são sondados para representar a situação no Governo do Paraná e, entre eles, está o do presidente da Assembleia Legislativa (ALEP), o deputado estadual Alexandre Curi (PSD), que falou com exclusividade ao Ponto de Vista deste sábado (25) e ao D'Ponta News.

"Faço parte de um grupo político que tem, como liderança, o atual governador do Paraná, Ratinho Junior. Ao longo da minha vida pública, com seis mandatos, por quatro vezes, fui o deputado mais votado do Paraná, sou municipalista, conheço o Paraná por inteiro, os 399 municípios, conheço a vocação de cada região. É claro que me permite apresentar meu nome para disputar o Governo do Estado", diz.

O deputado afirma ter participado de conversas com vários partidos. "Gostaria não só de estar próximo ao governador, como estou, mas que o governador pudesse, também, considerar meu nome em relação ao Governo do Estado. Tenho conversado muito com ele e acho que o apoio dele é fundamental, é muito importante, para viabilizar minha candidatura. Ele é o maior eleitor, hoje, do Estado do Paraná. Pelo que tenho conversado com ele, ele tem postergado essa definição e tem falado abertamente que seu candidato será do PSD. São quatro nomes importantes, que têm muita condição de disputar o Governo do Estado e dar continuidade a essa gestão do governador Ratinho Junior", analisa.

Além de Curi, são também possibilidades, dentro do PSD, o secretário de Estado das Cidades, Guto Silva; o secretário de Estado de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca e o vice-governador Darci Piana.

"Tenho construído, tenho conversado com o governador. Claro que, da forma que ele conduzir, terá o respeito de todos. O governador tem 85% de aprovação, é uma grande liderança, uma das maiores lideranças do Brasil. Mas, pelo meu trabalho, acho que chega o momento que posso apresentar, sim, meu nome ao Governo do Estado", reitera.

Curi ainda não definiu um caminho caso Ratinho Junior - e a convenção partidária do PSD - defina Guto Silva como candidato à sua sucessão. "Esse é um diálogo que temos que ter com o governador. Tenho dito abertamente da minha vontade e disposição em disputar o Governo do Estado. Claro que temos que sentar e discutir números e a viabilidade eleitoral. A política tem mudado de forma muito rápida, tem um momento que está bem, em outro, muda tudo", analisa.

O deputado relembra um ensinamento do avô, o ex-presidente da ALEP Aníbal Khury (1924-1999): "A política é muito parecida com nuvem. Você olha, está de uma forma; dois minutos depois, muda. Mas eu tenho um compromisso de sentar com o governador e debater com ele esse futuro. Não tenho escondido minha vontade e disposição de disputar o Governo do Estado", reforça. Além disso, Curi destaca ter recebido apoio de diversos prefeitos.

O presidente da ALEP garante que a definição do candidato à sucessão de Ratinho Junior não vai gerar uma divisão dentro do PSD. "São quatro nomes fortes dentro do PSD e não tenho dúvida que o governador vai conduzir [a decisão] pensando em números e em viabilidade, vai ouvir muito a opinião dos prefeitos do Paraná e do setor produtivo. Acho que isso vai valer muito para que o governador tome uma decisão", pondera.

"O principal que defendemos é a continuidade da gestão do governador Ratinho Junior, a continuidade deste ciclo de crescimento do Paraná. Estive ao lado do governador nos sete anos em que ele administrou o Estado. Nas decisões importantes, a Assembleia sempre esteve ao seu lado; sempre foi parceira do Governo do Estado nos momentos, também, em que teve que tomar medidas duras, como vender algumas empresas públicas e transformar a Copel em corporação e em permitir que a Sanepar pudesse fazer uma parceria público-privada (PPP). Decisões corretas do governador, a ALEP esteve ao seu lado. O governador sabe que sempre pôde contar com o Legislativo e eu estive ali, ao lado dos demais deputados, conduzindo todo esse processo, com um bom relacionamento e com muita fidelidade ao Governo do Estado", reitera.

"Uma candidatura ao Governo do Estado não é uma decisão individual ou vaidade pessoal. É um projeto coletivo", conclui.