há 5 horas
Amanda Martins

Há exatamente um mês, o município de Rio Bonito do Iguaçu enfrentou um dos episódios mais devastadores de sua história. Um tornado de categoria F4, fenômeno considerado raro até mesmo em escala continental, atingiu a cidade, destruiu casas, alterou rotinas e colocou vidas em risco em poucos minutos.
Passado o impacto inicial, o que permanece em evidência não é apenas a força do fenômeno climático, mas a mobilização humana que se seguiu à tragédia. Mais de 400 profissionais de saúde atuaram de forma imediata no atendimento às vítimas, entre socorristas do Samu, médicos, enfermeiros, técnicos, plantonistas e equipes hospitalares de toda a região Centro-Sul do Paraná.
A resposta foi rápida e articulada. No total, 36 ambulâncias e seis aeronaves foram empregadas nas operações de resgate e transporte de feridos. Ao longo dos dias e semanas seguintes, mais de 400 pessoas receberam atendimento médico. No momento mais crítico, cerca de 30 pacientes chegaram a permanecer internados simultaneamente, número que foi reduzido gradativamente com o avanço dos tratamentos.
Um mês após o desastre, dois moradores ainda seguem internados e sendo acompanhados pelas equipes de saúde. A recuperação dessas vítimas continua sendo monitorada de perto pelas autoridades sanitárias e familiares.
Além do impacto na saúde, o tornado também provocou perdas materiais significativas. As famílias que ficaram desalojadas foram acolhidas inicialmente em abrigos emergenciais e, posteriormente, transferidas para hotéis no próprio município. Apesar dos avanços, o processo de reconstrução das casas e da rotina das famílias atingidas ainda está em andamento.
A tragédia evidenciou a atuação integrada do sistema de saúde e das forças públicas do estado. O Governo do Paraná coordenou ações de apoio às vítimas, recuperação da infraestrutura e assistência social, reforçando o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) e da cooperação entre municípios.
Um mês depois, Rio Bonito do Iguaçu ainda convive com as marcas deixadas pelo tornado, mas também com o reconhecimento de que a resposta coletiva foi decisiva para preservar vidas e oferecer acolhimento em um dos momentos mais difíceis de sua história.