A Polícia Civil de Ponta Grossa prendeu um homem, de 51 anos, que era procurado há mais de 20 anos pela prática de homicídio ocorrido em São Paulo. Em 1992 ele teria assassinado a ex-companheira, crime que já prescreveu, e em 1995 teria espancado a própria filha, de 2 anos de idade, até a morte, com ajuda da segunda esposa.
De acordo com o delegado Derick Moura Jorge, as investigações realizadas pela Polícia Civil de São Paulo revelaram que no ano de 1999 o suspeito teria confeccionado documentos falsos, tendo assumido uma nova identidade e se mudado para o Estado do Paraná. Após diversas buscas, descobriu-se que ele poderia estar no município de Ponta Grossa.
Assim, a equipe do Setor de Investigações do 02º Distrito Policial de Ponta Grossa realizou diversas diligências que resultaram na localização do suspeito. Segundo apurado, o homem teria se casado novamente, tido novos filhos e constituído uma empresa, tudo com a identidade falsa. Ademais, verificou-se que ele possuía uma vida discreta, evitando contatos e permanecendo quase que integralmente no interior de uma residência situada no bairro Jardim Carvalho.
De posse destas informações, na manhã desta sexta-feira (14), policiais civis do 02º Distrito Policial de Ponta Grossa foram até a mencionada residência e realizaram a prisão do suspeito, que confirmou a veracidade dos fatos. Foi realizado, ainda, o confronto entre as suas impressões digitais, aquelas contidas nos seus documentos verdadeiros e nos documentos falsos, comprovando-se tratar da mesma pessoa. O homem foi encaminhado à Cadeia Pública local, onde permanece à disposição do Poder Judiciário paulista.
Os crimes
O assassinato da ex-companheira aconteceu em 8 de dezembro de 1992. Na época, o homem tinha 20 anos de idade e estaria respondendo ao processo em liberdade, tendo se mudado no ano de 1995 para a cidade de Ubatuba/SP.
Ocorre que no mês de agosto de 1995, o homem, com a participação da sua segunda esposa, teria espancado até a morte a filha do casal, de dois anos de idade. Os suspeitos foram presos e liberados após três meses, para poderem responder ao processo em liberdade.
Em 1999, foi expedido mandado de prisão em desfavor do citado homem, pelo homicídio da sua primeira esposa. Em 2000 foi expedido novo mandado de prisão em virtude do homicídio de sua filha. Contudo, não se teve mais registro do paradeiro do suspeito, permanecendo este foragido. O caso relativo à morte da primeira esposa do homem prescreveu no ano de 2018. Quanto à morte da filha do casal, o homem, em 2014, foi condenado a 16 anos de prisão pela prática do crime de homicídio qualificado pelo emprego de meio cruel, agravado pelo fato de haver sido cometido contra a própria filha.
Com informações da PCPR/13ª SDP