A Polícia Civil de Ponta Grossa prendeu nesta quinta-feira (24) o quarto suspeito de envolvimento no assassinato de Everton Henrique dos Santos, 35 anos, morto por engano enquanto dormia com a esposa e a filha bebê em sua casa, no bairro Neves, na madrugada de 1º de setembro de 2024. Segundo as investigações, o verdadeiro alvo do crime era um vizinho da vítima, envolvido com o tráfico de drogas, mas os criminosos invadiram a residência errada e executaram o trabalhador inocente.
De acordo com o delegado Gabriel Munhoz ao G1, Everton não tinha qualquer envolvimento com atividades ilícitas. “O Everton era trabalhador, um pai de família acabou sendo morto por engano dentro da sua própria casa, na frente da esposa e filha. […] O alvo desses assassinos, na verdade, seria esse indivíduo que reside na mesma rua. Ou seja, os criminosos, esses assassinos, adentraram na residência errada, acabaram executando a vítima errada e causando essa tragédia na família da vítima”, afirmou o delegado.
Na noite do crime, dois homens armados chegaram atirando: um disparou do lado de fora da casa, enquanto o outro entrou pelos fundos e alvejou Everton, que morreu no local atingido por seis tiros de pistolas calibre 9 mm e .380. A esposa e a filha do casal não foram feridas. Após a execução, a dupla fugiu em um carro onde aguardava outro integrante do grupo criminoso.
Pelo menos quatro pessoas participaram do crime. Um dos envolvidos foi assassinado dentro da prisão, um foi preso nesta quinta-feira (24), e outros dois seguem foragidos. A polícia divulgou os nomes dos procurados: Roberton Lucas Ferreira (conhecido como “Bolinho” ou “Robert”) e Eduardo Patrick Júnior Dias de Oliveira. Informações sobre o paradeiro deles podem ser enviadas anonimamente à Polícia Civil pelos telefones (42) 3219-2757 ou (42) 3219-2770 (WhatsApp).
O verdadeiro alvo do crime, vizinho de Everton, foi preso dias após o assassinato. O caso segue sob investigação, com exames balísticos pendentes para a conclusão do inquérito policial. Everton Henrique dos Santos era motorista de ônibus, conhecido como “Fofo”, e não possuía antecedentes criminais. Ele foi sepultado em Ponta Grossa, onde vivia com a família.