A equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um pedido para que o grupo de oração liderado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro possa visitá-lo em sua residência. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e está monitorado por tornozeleira eletrônica.

De acordo com informações divulgadas pelo portal Metrópoles, a solicitação é para que a visita aconteça na quarta-feira, dia 8 de outubro. O grupo tem se reunido com o ex-presidente regularmente desde agosto. A lista entregue pelos advogados inclui 16 pessoas, entre elas um deputado distrital e uma empresária ligada ao movimento cristão Legendários de Brasília, que reúne homens em atividades de cunho religioso e físico.

O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, já autorizou anteriormente encontros semelhantes. Ele justificou que a Constituição Federal assegura aos presos o direito à assistência religiosa, seja a detenção provisória ou definitiva. No entanto, Moraes também advertiu que esses encontros não podem ser usados com finalidades diferentes da religiosa e alertou para a inclusão indevida de participantes nas listas de visita.

A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada após a divulgação de um vídeo em que ele aparece discursando em uma manifestação, o qual foi publicado por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, e mais tarde removido das redes sociais. No evento, realizado em Copacabana, Bolsonaro agradeceu o apoio de seus seguidores e fez menções à liberdade e ao país. Outros atos semelhantes ocorreram em cidades como Brasília e São Paulo.