há 11 horas
Heryvelton Martins
A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União), prepara uma carta ao governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) com uma série de urgências e reivindicações, expressando preocupação com a disparidade de investimentos destinados à região em comparação com outras áreas do Paraná. A prefeita aponta a existência de um “bloqueio” político na liberação de verbas essenciais para saúde, infraestrutura e bairros mais vulneráveis.
A iniciativa busca reverter um cenário onde Ponta Grossa, apesar de sua contribuição significativa para o desenvolvimento estadual, aparece entre as últimas na distribuição de recursos do Plano de Investimento do governo para 2026.
O principal foco da queixa é o sentimento de negligência e a alegada política de bloqueio por parte de alguns representantes políticos que dificultam o avanço de Ponta Grossa. A prefeita destaca, como exemplo, que, dos R$ 160 milhões solicitados em novembro de 2024 para pavimentação, saúde e segurança, apenas R$ 100 milhões em emendas foram liberados, com R$ 60 milhões destinados a bairros carentes ainda pendentes.
A prefeita reafirma que entregará o documento em mãos ao governador durante o encontro de prefeitos do Paraná, buscando reforçar a relevância da cidade e a necessidade de atenção diante do bloqueio de recursos.
A área da saúde é uma das mais afetadas pela alegada falta de atenção do Estado. A prefeita Elizabeth Schmidt chama a atenção para o estado crítico de hospitais filantrópicos locais, como o Hospital Bom Jesus, que enfrenta dificuldades financeiras. O Hospital Bom Jesus já reportou suspensão de serviços de cardiologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no passado, alegando falta de repasse de verbas estaduais. Relatórios financeiros mais recentes (março de 2025) mostram que o hospital opera com saldos negativos.
Além disso, a prefeita reforça a ausência de investimentos no Hospital Amadeu Puppi. Embora o local esteja em processo de transformação para um Ambulatório e Hospital-Dia sob gestão da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com repasses municipais para reforma de mais de R$ 1,6 milhão em uma primeira etapa, e promessas de avanço na licitação para as obras do Hospital-Dia por parte da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), o Executivo municipal ainda percebe um atraso no andamento geral das obras.
A carta também aborda o atraso em obras de infraestrutura rodoviária, consideradas essenciais para a mobilidade e melhoria da qualidade de vida da população. A busca por recursos para pavimentação é uma demanda recorrente da gestão municipal, que já solicitou ao governador a liberação de grandes somas para projetos de asfalto em diversas regiões da cidade.
Diante do cenário, a prefeita revela um movimento de mobilização na cidade e na região para exigir a substituição de representantes políticos considerados ineficazes ou que prejudicam o desenvolvimento de Ponta Grossa.