Quarta-feira, 14 de Maio de 2025

Prefeitura revoga decreto e Azul vai perder direito de uso do Aeroporto de PG

Decisão formaliza saída da companhia aérea, que já havia anunciado fim das operações na cidade
2025-05-14 às 14:42

A Prefeitura de Ponta Grossa revogou o decreto que garantia à Azul Linhas Aéreas o direito de operar no Aeroporto Santana, oficializando o fim das atividades da companhia aérea na cidade a partir de 1º de abril de 2025. A medida, assinada pela prefeita Elizabeth Schmidt, segue o anúncio da própria Azul, e publicado com exclusividade pelo D’Ponta News, sobre o encerramento dos voos comerciais, motivado pelo aumento dos custos operacionais e ajustes de mercado.

A medida ocorre após a própria Azul comunicar, em fevereiro, o encerramento definitivo de suas atividades em Ponta Grossa a partir de 10 de março de 2025. A decisão da empresa faz parte de um plano nacional de reestruturação, que incluiu a suspensão de voos em 12 cidades brasileiras. Entre os motivos alegados pela companhia estão o aumento dos custos operacionais, a alta do dólar, a crise global na cadeia de suprimentos e a necessidade de priorizar rotas mais rentáveis.

Documento obtido pela equipe do D’Ponta News

O decreto municipal formaliza o fim do acordo que permitia à Azul operar no aeroporto local, um dispositivo criado em 2016 para viabilizar a chegada da companhia à cidade, com incentivos fiscais e investimentos em infraestrutura. Desde o anúncio da saída da Azul, lideranças políticas e empresariais têm buscado alternativas para manter a conectividade aérea de Ponta Grossa, inclusive com pedidos de apoio ao governo estadual.

A saída da Azul deixa o Aeroporto Santana, que recebeu investimentos públicos de modernização nos últimos anos, sem voos comerciais regulares. A prefeitura e entidades locais discutem estratégias para atrair novas companhias ou retomar operações, mas, até o momento, não há previsão de retorno dos voos comerciais. A decisão impacta diretamente a mobilidade regional e a economia local, especialmente setores que dependem de conexões aéreas para negócios e turismo.