A Prefeitura de Ponta Grossa, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), reforça à população orientações sobre a identificação e prevenção contra o Tityus serrulatus, conhecido como escorpião-amarelo. A espécie é considerada a mais perigosa do Brasil devido ao seu veneno potente e também à capacidade de reprodução sem necessidade de macho, o que facilita sua proliferação em áreas urbanas.

Com a chegada das temperaturas mais altas, o risco de acidentes e a possibilidade de aparição da espécie aumentam. Seja em casa ou em locais com circulação de pessoas, o controle deve ser feito principalmente por meio de medidas preventivas. Entre elas estão: evitar o acúmulo de lixo, entulho, madeiras, telhas e tijolos — locais que servem de abrigo e alimento para o escorpião —; manter os espaços limpos e organizados, sacudindo roupas, calçados, lençóis e toalhas antes de usar.

Além disso, se possível, aterre ou vede frestas, ralos e buracos em paredes, portas e janelas, utilizando telas, vedações ou ralos com sistema “abre e fecha”. Especialmente no caso de ambientes com crianças, mantenha camas e berços afastados das paredes e evite que roupas de cama encostem no chão.

“Outra dica importante, e que muitas pessoas não sabem, é que, no caso do escorpião, não se deve utilizar inseticidas para tentar eliminar o animal, pois o produto não é eficaz e pode fazer o animal sair do abrigo”, explica Leandro Inglês, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses.

O que fazer em caso de acidente?

Em caso de picada, a vítima deve lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e procurar imediatamente atendimento médico em uma UPA ou hospital. Crianças e idosos exigem atenção redobrada, pois o tempo de atendimento é crucial.

Não se deve amarrar, cortar, queimar ou aplicar gelo no local, nem utilizar substâncias caseiras. Caso seja possível, o escorpião pode ser capturado com segurança (em pote de vidro, por exemplo) e levado ao serviço de saúde para identificação. Em alguns casos, inclusive, o Município pode fazer o recolhimento do animal pelo Centro de Controle de Zoonoses.

“A colaboração da população é essencial para evitar acidentes e controlar a presença do escorpião na cidade. Por isso, nossas equipes estão de prontidão para auxiliar a comunidade nesse tipo de situação”, reforça Inglês. Em caso de dúvidas ou necessidade de orientação, o contato pode ser feito diretamente com o Centro de Controle de Zoonoses pelo WhatsApp (42) 98402-7127.