Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2025

Diocese monta força tarefa para produzir imagens da Mãe da Divina Graça

2024-12-14 às 09:12
Foto: AssCom Diocese de Ponta Grossa

Um verdadeiro mutirão se formou para a produção das imagens da Mãe da Divina Graça que irão acompanhar as visitas missionárias pela Diocese de Ponta Grossa a partir de fevereiro. A meta é produzir 500 imagens até o dia 25 de janeiro. São imagens de 27 centímetros, feitas em gesso e pintadas a mão, uma a uma, por voluntários. Cada paróquia receberá dez santas, que precisarão ganhar suas respectivas capelas. As comunidades estão se organizando também para realizar as visitas missionárias, que iniciarão, depois do envio oficial, no dia 2 de fevereiro.

“Se as paróquias quiserem se reunir por Setores para fazer essas visitas e um ir emprestando para o outro…vai organizando, vendo como podem fazer”, sugere a coordenadora da ação, Flávia Carla Nascimento. “Até o envio, dia 2 de fevereiro, as imagens têm de estar nas paróquias. A meta é que terminemos tudo no dia 25 de janeiro, Dia de São Paulo, porque as paróquias têm de ter uma semana para vir retirar”, comenta Flávia. Sobre o trabalho de fabricação das santas, a coordenadora afirma que, apesar de ninguém ser especialista, estão todos tentando. “Houve uma mobilização geral no prédio (da Cúria Diocesana). Irmã Romilda (Aparecida Martins, secretária da Ação Evangelizadora), a Ângela (Cristina Bach Ribeiro, secretária da Catequese) e seu marido, o pessoal do Cemitério (Parque Jardim Paraíso), diácono Rogério Mendes, da Paróquia São Judas, que trabalha no Cemitério, funcionários da Rádio Sant’Ana, a assistente social da Pastoral da Criança (Dirlene Maria Kubaski Trevisane) e a Dione (Dirce Fontana) também da Pastoral da Criança, nos bastidores, não estão medindo esforços, estão dando suporte em várias coisas, no silêncio, ajudando”, destaca.

Conforme Flávia, desde que surgiu a ideia do projeto, fui buscando pessoas que tivessem habilidade para que pudessem nos ajudar. “O primeiro passo foi ver pessoas que pudessem fazer o molde da santa. Uma senhora, Denise, familiar de uma catequista da Paróquia São Pedro (Apóstolo), foi indicada e fez para nós quatro moldes. Também o esposo da catequista Maristela Basso, da Paróquia São João Batista, de Irati, fez um molde e algumas imagens (confira no box), e o diácono Paulo Capilé, de Piraí do Sul, fez igualmente um molde. Começamos a vazar o gesso nesses moldes e fazer as imagens. Quem está fazendo isso é o Mauri (Domingos do Nascimento), esposo da catequista Simone (Nascimento), da Paróquia Santa Rita de Cássia. Ele trabalha com gesso e está fazendo algumas imagens. E o esposo da Maristela, de Irati, além de nós, aqui no prédio”, enumera.

Ainda estão ajudando à distância muitas voluntárias: Ivonete da Aparecida Ribeiro de Andrade Salles, da Capela Nossa Senhora dos Anjos, na Paróquia São Jorge, irmã de catequista Janete da Aparecida Andrade de Souza, coordenadora da Catequese na capela, e irmã da também catequista Bernadete de Jesus Chem, que, igualmente está envolvida na fabricação. “Depois de produzida, a imagem precisa de um tratamento. Têm que ser lixada para tirar as imperfeições, colocar gesso onde se formaram bolhas. É muita coisa. Coloquei no grupo dos catequistas, falando da necessidade e estão vindo ajudar. A maioria, catequistas, amigos e familiares. Também há gente que é do ramo, artesãos, pintores como a Cleusa (Begha), da Paróquia Imaculada Conceição, de Uvaranas: as restauradoras de imagens Lucilena (Alves), Célia (Maria Célia Palio Maciel) e Noelise (Meister), da equipe diocesana)”, cita Flávia, contando que, todos os dias, são em média oito voluntárias trabalhando.

Paróquias

De acordo com a coordenadora, enquanto as imagens são fabricadas, as paróquias devem estar pensando nas capelinhas onde serão colocadas as santas, e organizando os grupos dos missionários. “Na época do Projeto Nossa Igreja-Mãe (2006) onde as pessoas contribuíam com um real para ajudar a terminar a obra da Catedral, na missa do encerramento do projeto, cada comunidade recebeu uma imagem da Mãe da Divina Graça de 27 centímetros, e, a matriz, uma imagem maior. Agora, de início, foi pedido para os catequistas e padres o resgate dessas imagens. 683 comunidades já têm, pelo menos, cada uma, uma imagem. A ideia é resgatá-las para depois serem utilizadas nas visitas. A partir do dia 2 de fevereiro, esses grupos de missionários vão sair com as capelinhas, visitar as casas, fazer o levantamento de dados. A partir desse levantamento, será iniciado o processo de Iniciação à Vida Cristã, com os adultos que necessitam de sacramentos”, adianta Flávia.

“Quem vai receber essa visita precisa ter noção que estamos fazendo com tanto carinho as imagens, rezando, pedindo que Nossa Senhora ajude na confecção, que é um trabalho bem empenhativo e tem várias etapas. O bonito é que, quando chegar nas paróquias, a imagem vai chegar carregada de nosso carinho, de todo o nosso esforço para que possa ir nas casas levando a alegria do encontro com o Cristo. A gente deseja que as pessoas sintam a alegria do encontro com Maria, que leva Jesus. A alegria do encontro com Cristo, que é o que nos motiva”, ressalta a coordenadora. Já são 100 imagens pintadas, 215 brancas, que estão sendo preparadas para receber a pintura: estão no processo de secagem, sendo lixadas e tendo preenchidas as bolhas.

Voluntárias

“Não tenho prática, mas vim ajudar. Estou disposta a colocar a mão na massa”, conta Ana Paula Bendeix Nascimento, Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que veio com as duas filhas: Ana Clara de 16 anos e Ana Lívia, de 11. “É o primeiro dia, mas pretendo voltar mais vezes, especialmente porque elas, agora, estão de férias”.

Há três dias vindo ajudar, Isabel Onieski diz que foi convidada pelo grupo da Catequese. “A Flávia colocou mensagem que estavam precisando de gente para ajudar e tenho muito tempo sobrando. Estava perdida em casa, pensei: vou colocar as mãos e a cabeça para trabalhar. Está sendo maravilhoso, muito bom. Venho de manhã, com o meu marido e meu filho, almoço com eles e volto para cá à tarde. Vou vir todos os dias que puder. Nunca tinha feito nada parecido, não tenho experiência em trabalhos manuais, mas, explicaram como fazer, cederam as lixas, fomos trocando ideia e foi saindo o trabalho. Sem contar a amizade e a conversa”, cita Isabel, que mora em uma chácara distante 40 quilômetros do centro. Ela é catequista na Vila Rural, Capela Mãe da Divina Graça, da Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro.

Maria Edite Andrade é catequista na Paróquia São Cristóvão. “Achei um tempo e vim. Pensei em doar um pouco do meu tempo. Gosto de mexer com arte, mas nunca tinha trabalhado com gesso. Adoro fazer pelo bem da comunidade. Recebi o chamado e vim correndo. Amo Nossa Senhora, tenho várias imagens. Maria sempre tem que estar na frente, coloco à frente dos pedidos por meus filhos, da minha família. Tenho uma história longa com Nossa Senhora, sempre está no meu caminho. Tenho um altar na minha casa para ela. O nome das minhas netas lembra os títulos de Nossa Senhora. É muito gratificante estar aqui. Vou fazer o que eu puder”, garante.

da assessoria