Quinta-feira, 09 de Maio de 2024

Léo Áquilla critica fala de padre de PG sobre casais do mesmo sexo: “Deveria ter vergonha de subir no púlpito em nome de Deus e falar uma barbaridade dessa”

2024-04-11 às 14:31
Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (11), a coordenadora municipal da diversidade de São Paulo, presidente do MDB Diversidade e deputada federal suplente, Léo Áquilla, utilizou as redes sociais para se posicionar sobre o caso envolvendo uma declaração do padre Wagner Oliveira da Silva, da Paróquia São João Paulo II, em Ponta Grossa, na qual ele falava amor entre pessoas do mesmo sexo. Na ocasião, o sacerdote disse: “Será que você tem amado aquela pessoa que convive com você? Não esse amor banalizado que o mundo apresenta, esse amor que junta pessoas de qualquer jeito para viver uma sexualidade desregrada e diz que é amor. Junta dois homens, duas mulheres ou poliamores e diz que é amor. Isso nunca vai ter a benção de Deus, isso não é amor de verdade, isso é meramente coisa humana”.

Em vídeo divulgado no Instagram, Áquilla afirma que o padre “pode até ser um homem inteligente, mas de sabedoria nota zero” e aponta homofobia na declaração. Ela destaca que o Brasil é pelo décimo quinto ano o mais violento contra a população LGBT. “De que maneira essas pessoas são violadas e violentadas? De várias formas, não é só tiro, porrada e bomba que mata uma pessoa LGBT. Um padre na sua missa amaldiçoando casais homoafetivos é uma maneira de atirar uma bala no nosso coração. É uma força de expressão, mas isso vira literal quando uma pessoa despreparada psicologicamente ouve sua fala dizendo que casais homens com homens e mulheres com mulheres não são abençoados por Deus. O senhor tem noção da irresponsabilidade que é essa fala?”, questiona.

Em determinado ponto do vídeo, ela reforça que a LGBTfobia é crime e ironiza: “não gosta de homens, não saia com homens. Não gosta de mulher, não saia com mulher. Não deve gostar de criança, o senhor sabe disso, né? Ensina para os outros padres também, que tem muitos que adoram”. “O senhor é um padre, deveria ter vergonha de subir no púlpito em nome de Deus e falar uma barbaridade dessa sem se preocupar com a vida lá fora”, complementa ao fim do vídeo.

Confira abaixo o pronunciamento de Léo Áquilla:

Entenda o caso

No dia 05 de janeiro de 2024, durante uma missa na Paróquia São João Paulo II, o padre Wagner Oliveira da Silva deu a declaração citada no começo da matéria. O posicionamento foi apontado como homofóbico por um casal de mulheres que participava do rito. Confira abaixo a história na íntegra:

Fiéis apontam homofobia em declaração de padre de PG sobre relação entre pessoas do mesmo sexo