Duas comunidades se unem para preparar a ordenação diaconal de dois de seus filhos. Marcada para o próximo domingo (8), na Catedral Sant’Ana, às 15 horas, a ordenação dos seminaristas Iuri Nack Buss e Jefferson Davi Sviercoski Sanchez começa a ser celebrada em um tríduo a partir desta quinta-feira, às 19 horas, na Capela Senhor Bom Jesus, no Tronco, em Castro, igreja que pertence à Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, comunidade de origem de Jefferson Sanchez. Na sexta-feira, a celebração será na Matriz Santa Teresinha, paróquia de Iuri Buss.
O tríduo termina na Paróquia São José/Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com uma celebração presidida pelo bispo emérito Dom Sergio Arthur Braschi. Na quinta, quem celebra é o padre Hélio Guimarães e, na sexta-feira, padre Jaime Rossa. No domingo, na solene celebração eucarística, a ordenação se dará pela imposição das mãos e oração consecratória do bispo diocesano Dom Bruno Elizeu Versari. “Uma graça dentro desse tempo jubilar poder ordenar dois jovens para o diaconato temporário. Eles são ordenados em vista do sacramento da Ordem, em vista de serem padres. No exercício diaconal, eles vão para uma comunidade e ali vão vivenciando o espírito de serviço, que é próprio diaconato”, comenta o bispo.
Iuri é de Ponta Grossa, tem 32 anos e participa da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus. Jefferson também nasceu em Ponta Grossa, vai fazer 30 anos em outubro e atua na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Castro. Ambos ingressaram no Seminário Propedêutico Mãe da Divina Graça, em Carambeí, em 2016. Também foram admitidos juntos às Ordens Sacras, em 2022, e instituídos no Ministério de Leitor e Acólito, em 2023 e 2024, respectivamente.
Iuri
“Em 2016, entrei no seminário propedêutico Mãe da Divina Graça, da Diocese de Ponta Grossa, buscando discernir e responder ao chamado de Deus, que percebi em minha vida, a partir de experiências comunitárias e de oração pessoal. Depois de um período de nove anos de formação inicial, que engloba as etapas do discipulado, da configuração e da síntese pastoral, procurando corresponder à vocação que discerni nesse tempo, serei ordenado diácono para o serviço da Igreja, em vista da futura ordenação presbiteral.
Já desde o tempo dos Apóstolos, a Igreja conta com o ministério dos diáconos. O assim chamado “diácono transitório”, que será futuramente ordenado presbítero (padre), faz, desde já, a promessa do celibato, como sinal de configuração a Jesus Cristo.
É próprio do diácono celebrar o Batismo, distribuir a comunhão eucarística, assistir ao Matrimônio, levar o Viático aos moribundos, ler a Sagrada Escritura aos fiéis, instruir e exortar o povo, presidir à oração da comunidade, administrar bênçãos, conduzir ritos de funeral e sepultura, enfim, dedicar-se ao serviço do Altar, da Palavra e da Caridade.
Ser ordenado nesse ano jubilar é muito importante, pois desperta em mim o desejo de viver essa vocação como verdadeiro ‘peregrino de esperança’, procurando sempre seguir Jesus Cristo, deixando que Ele configure meu coração ao Seu Coração de Bom Pastor.
Além disso, estamos caminhando rumo ao centenário da nossa Diocese, o que também me faz pensar na história de tantas pessoas que já doaram sua vida para que o Reino de Deus se fizesse presente nessas terras, entre nosso povo, de modo que eu também quero fazer parte dessa mesma história, colocando-me a serviço de nossas comunidades, vivendo minha vocação na Diocese de Ponta Grossa.
Desejo que este momento renove em nós o amor pelas vocações e o compromisso de sempre rezar para que o senhor envie operários à Sua Messe!”, destaca o seminarista.
Jefferson
“A data em que ela (a ordenação) foi marcada é bastante significativa. Este ano, 8 de junho será celebrada a Solenidade de Pentecostes, um dia forte em que nós clamamos a vinda do Espírito Santo e é com a força desse mesmo espírito que nós queremos também servir nesse ministério diaconal, lembrar sempre que o diácono é esse servo, que tem como exemplo o Cristo servidor e, principalmente, depois de padre, nós não deixamos de ser diáconos. Seremos ordenados diáconos para sempre. Continuaremos no ministério do serviço.
Importante ainda destacar que a ordenação não se trata apenas de um rito, mas é um processo que começou no chamado que Deus me fez, desde o chamado à vida, o chamado à vida cristã e que essa vocação específica do sacerdócio, na ordenação diaconal, o processo se aprofunda, toma um novo significado e o meu ‘sim’ dado a Deus e à Igreja, nesse dia, é confirmado. Um marco de entrega, de serviço e de obediência, selado pelo sacramento da Ordem, no seu primeiro grau. Acredito que, desde os primeiros passos na minha caminhada vocacional, lá na minha comunidade do interior, da Catequese, grupo de jovens, na minha vivência também da Universidade, onde estudei, onde tínhamos uma capela, onde pude rezar por muitas vezes…tudo isso me ajudou a ingressar no seminário e, durante esses nove anos de formação inicial, também com discernimento, ajuda da formação, dos meus diretores espirituais, de todo o apoio e aparato que a Diocese dá, chegar nesse momento.
É uma confirmação pessoal, mas também pública, da Igreja, de uma disposição interior que há muito tempo acredito que venho cultivando e que a Igreja confirma na ordenação. Sinto uma alegria muito grande poder estar sendo ordenado nesse Ano Santo, ano da esperança, ‘peregrinos da esperança’. Que eu exerça o diaconato como esse peregrino, no anúncio da Palavra no serviço do Altar e na Caridade aos irmãos. A partir desse dia, me torno um sinal para a Igreja, um consagrado, mas que também meu testemunho possa alcançar muitos jovens, que querem e sentem esse chamado ao ministério ordenado. Rezo também para que eu viva esse ministério com humildade, fidelidade e muita alegria. Ser alegres na esperança é um bom testemunho que podemos dar. Peço a oração de toda a Igreja, para que se una a nós para que esse ministério seja vivido bem”, ressalta o seminarista.
da assessoria