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Saúde

Homem entra para grupo raríssimo após seis anos em remissão do HIV

O avanço reacende discussões sobre possibilidades futuras de cura

há uma hora

Amanda Martins

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Homem entra para grupo raríssimo após seis anos em remissão do HIV
Foto: Viktoria Ruban/ Getty Images
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Um alemão se tornou a sétima pessoa no mundo a alcançar remissão de longo prazo do HIV, após seis anos sem sinais detectáveis do vírus. O caso foi divulgado pelo imunologista Christian Gaebler, do Hospital Charité, da Universitätsmedizin Berlin, em artigo publicado nesta segunda-feira (1º) na revista Nature. O avanço reacende discussões sobre possibilidades futuras de cura.

O paciente, identificado apenas como Berlin 2 (B2) para preservar sua identidade, havia sido diagnosticado com HIV em 2009. Segundo o Metrópoles, em 2015, recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda e precisou passar por um transplante de células-tronco, procedimento comum para tratar cânceres hematológicos, mas que, em alguns casos raros, também leva à eliminação do HIV.

B2 recebeu células-tronco de um doador que possuía apenas uma cópia da mutação CCR5 Δ32, que dificulta a entrada do HIV nas células. Em casos anteriores de remissão, os pacientes haviam recebido duas cópias dessa mutação.

Três anos após o transplante, em 2018, o alemão interrompeu a terapia antirretroviral. Desde então, exames mostram carga viral indetectável e ausência de anticorpos e células T específicos para o HIV, reforçando que não há atividade viral no organismo.

Os pesquisadores apontam que uma forte resposta imunológica no momento do transplante pode ter ajudado a eliminar os reservatórios virais, células que escondem o HIV e dificultam sua cura. O caso sugere que a presença de duas cópias da mutação CCR5 Δ32 pode não ser indispensável para remissões duradouras.

Por que ainda não existe cura?

O HIV se “esconde” em reservatórios difíceis de detectar e eliminar. Quando o tratamento é interrompido, esses vírus remanescentes podem reativar a infecção. O transplante de células-tronco destrói o sistema imunológico do paciente, substituindo-o pelo do doador — um processo agressivo e arriscado, indicado apenas em casos graves de câncer.

Por isso, apesar dos resultados promissores, especialistas afirmam que esse tipo de procedimento não deve se tornar tratamento padrão para pessoas com HIV. Ainda assim, cada caso bem-sucedido ajuda a compreender caminhos que podem, no futuro, levar a terapias mais seguras.

“Reduções significativas nos reservatórios persistentes podem levar à cura do HIV”, escrevem os autores na Nature, destacando que o caso de Berlin 2 amplia o entendimento científico sobre remissão e possíveis estratégias de cura.

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