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Redação

O renomado enólogo português Rui Veladas, da vinícola Carmim, conduziu uma degustação vertical de um vinho icônico de Portugal - o Reguengos Garrafeira dos Sócios DOC Alentejo, rótulo tinto produzido apenas em safras excepcionais. O evento foi restrito a um seleto grupo de convidados.
Na ocasião, foram servidas as safras 2017, 2019 e 2021, todas disponíveis no Brasil, trazidas pela importadora Porto a Porto. Uma degustação vertical é quando são saboreadas diferentes safras do mesmo vinho.
“É um vinho que não produzimos todos os anos, mas apenas nas safras em que temos certeza da qualidade excepcional das uvas. Ao longo das décadas, o Reguengos Garrafeira dos Sócios é um vinho que ajudou a definir a identidade dos vinhos do Alentejo e por isso tentamos sempre nos manter fieis a esse perfil mais clássico”, explica o enólogo.
A primeira edição do Reguengos Garrafeira dos Sócios DOC Alentejo foi lançada em 1982. Inicialmente, o vinho era reservado apenas ao consumo dos associados da cooperativa Carmim, mas, nos anos seguintes, devido ao sucesso, passou a ser comercializado, tornando-se um rótulo icônico do Alentejo.
Todo ano, a bebida é submetida a provas regulares durante a fermentação, sendo que os melhores lotes são identificados e separados para dar origem ao vinho. As uvas utilizadas são as castas tradicionais do Alentejo, sendo que a base é formada pelas tintas Alicante Bouschet e Aragonês, às vezes misturadas com Trincadeira e Cabernet Sauvignon.
O Reguengos Garrafeira dos Sócios DOC Alentejo é um vinho complexo e elegante com aromas de fruta preta, passas e baunilha. Em boca, é encorpado, robusto, com boa acidez, taninos finos e abundantes, final longo, equilibrado e elegante.
Amadureceu 18 meses em barrica de carvalho francês e, em seguida, repousou em garrafa durante, pelo menos, um ano. Tem potencial de guarda de 20 a 30 anos. É ideal para acompanhar carne de cordeiro, carnes grelhadas ou assadas e queijos de cura.
Apesar das características gerais, cada safra é única. A degustação vertical vai permitir explorar as diferentes nuances entre uma colheita e outra, além de entender como evolui o vinho ao longo do tempo.
Localizada na vila de Reguengos de Monsaraz, no coração do Alentejo, no sul de Portugal, a Carmim (Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz) produz vinhos que refletem o autêntico terroir da região.
Fundada em 1971 por 60 viticultores com o objetivo de desenvolver a economia vitivinícola da região, a Carmim tem hoje cerca de 700 associados e 3 mil hectares de vinhas, sendo a maior vinícola do Alentejo e uma das maiores de Portugal.
Os vinhos nascem sob o olhar de Rui Veladas e Tiago Garcia, enólogos que combinam ciência e inovação com “o saber antigo”, enraizado na cultura vinícola alentejana.
Reguengos é a maior das oito sub-regiões do Alentejo, com muitos pequenos e médios viticultores que, com suas famílias, cuidam apaixonadamente dos vinhedos.
O solo é pobre, mas profundo e pedregoso. É formado, sobretudo, por derivados de granito. E o clima é tipicamente continental, com invernos frios e verões quentes e secos, perfeito para o bom amadurecimento das uvas.