Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

Agro&Negócio: Doença de casco no gado leiteiro é a terceira que mais causa prejuízos, por Ricardo Weg

2023-05-22 às 10:52

No Brasil, acomete entre 15 e 35% do rebanho leiteiro. Pesquisadores acreditam que a doença tem aumentado em virtude da migração de produção. É cada vez mais comum a criação de vacas confinadas na pecuária leiteira, principalmente, pela necessidade de crescimento da produtividade em pequenas áreas. “Os sistemas de confinamento têm grande potencial de otimizar o sistema produtivo com conforto e bem-estar dos animais. O grande problema é que, boa parte dos criadores construíram galpões de compost barn e free stall, mas não respeitam as métricas e exigências de manejo, adensando o número de animais além da capacidade de suporte do galpão, ventilação e resfriamento ineficientes e má qualidade da cama, por exemplo, colocando em risco o bem-estar do animal e sua produtividade”, ressalta Márcio Schneider , gerente Comercial da Kersia para o Estado do Paraná. E este ambiente, acrescenta Schneider, “é ideal para o desenvolvimento de doenças de cascos”.

De acordo com estudos recentes do National Center for Biotechnology Information 2020 (Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia), a doença de casco ou claudicação em vacas leiteiras é a terceira enfermidade com maior prejuízo no mundo, perdendo apenas para a mastite e doenças relacionadas à reprodução (brucelose, diarreia viral bovina, leptospirose, rinotraqueíte infecciosa dos bovinos, campilobacteriose e tricomonose).

Principais patologias podais – Entre os vários problemas eminentes de casco estão: podridão do casco, laminite, doença da linha branca, úlcera de sola, dermatite digital, erosão de talão e pododermatite circunscrita. “Infelizmente, no campo, presenciamos este cenário, praticamente, todos os dias. Por isso, a recomendação é ficar atento a qualquer sintoma. Se não for cuidado, precocemente, o gado pode ser acometido de uma mastite, retenção de placenta e/ou cetose, gerando altos prejuízos e, em casos mais graves, o descarte do animal. Atualmente, de acordo com os últimos levantamentos do setor, a doença de casco afeta, em média, entre 15 e 35% do nosso rebanho leiteiro, podendo chegar a mais de 50%”, alerta Márcio.

Como evitar prejuízos em sua produção e não comprometer o bem-estar de seu rebanho? Como diz o ditado popular “é melhor prevenir do que remediar”. Quanto mais rápido detectar a doença, mais chances de recuperar o animal. Entre os diversos fatores de risco para doenças de casco destacam-se:

• Nutrição: a qualidade, quantidade e o balanceamento da dieta são fundamentais para uma boa formação dos cascos. A falta de nutrientes pode comprometer a saúde do animal severamente.

• Nível de produção: Os animais de alta produção requerem maior exigência nutricional. Porém, caso a alimentação não seja balanceada, aumentam os riscos de alterações metabólicas, deixando o animal mais suscetível aos problemas de casco.

• Fase de lactação: os problemas podais são mais frequentes no início da lactação, embora possa ocorrer em até 70 dias após o parto.

• Piso, cama e concentração de animais/área: quando elevadas, podem comprometer o bem-estar do animal e maiores dificuldades no manejo, higiene e umidade. Portanto, é importante ficar alerta ao tipo de piso, à qualidade e manejo da cama, à ventilação, aos cochos, aos bebedouros, às trilhas, às áreas de descanso, entre outros. Lembrando que o excesso de matéria orgânica, umidade e piso abrasivo propiciam aumento de desgaste do casco e, consequentemente, os riscos de infecções.

• Casqueamento preventivo: ferramenta indispensável, realizá-lo regularmente oferece mais saúde aos animais. O manejo proporciona a correção das imperfeições nos cascos e identificação de lesões ainda em estado inicial, permitindo cura mais rápida, com menor esforço e menos prejuízos. Deve-se planejar casqueamento preventivo ao menos duas vezes ao ano, não deixando de realizá-lo na transição de final de lactação e secagem das vacas.

• Uso de produtos eficientes para pedilúvio: Um dos erros mais comuns que os criadores cometem é realizar a limpeza dos cascos somente com sabão ou cloro. “Para evitar que a doença tenha alta prevalência, são necessários cuidados mais específicos. É imprescindível que o criador utilize uma solução de pedilúvio que atue nas três frentes que garantem a saúde dos cascos: desinfecção, endurecimento e regeneração/cicatrização do casco.

Remédio preventivo

Para atuar diretamente na prevenção da doença, a Kersia desenvolveu o Podocur SV que dispõe de cinco ativos em sua composição para atuarem em sinergia, promovendo mais saúde para os cascos. Além de ser efetivo, o Podocur SV não possui formol em sua formulação, substância altamente cancerígena como é de conhecimento geral”, finaliza o gerente.

Dados do mercado: O Brasil, de acordo com o Ministério da Agricultura (MAPA), produziu mais de 34 bilhões de litros de leite em 2022, estando entre os cinco maiores produtores do planeta. Para a próxima década, a Embrapa acredita num crescimento de 36% na pecuária leiteira, influenciada pelo aumento populacional e o crescimento da demanda nos mercados asiáticos, africanos e latino-americanos.

Sobre a Kersia – Com mais de 60 anos de história, é líder global em biossegurança e segurança alimentar, com produtos e soluções com valor agregado para a prevenção de doenças e contaminações tanto em animais quanto em seres humanos em todos os estágios da cadeia de fornecimento alimentar. Está presente em mais de 120 países e no Brasil conta com uma fábrica no Rio Grande do Sul e atuação comercial em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Saiba mais em: www.grupokersia.com.br

Nota da coluna: Agradecemos a competente LN Comunicação pelo envio do texto e fotografias

Agro&Negócio

por Ricardo Weg

Formado em comunicação-social, letras e MBA em Marketing Digital (Fundação Getulio Vargas), Ricardo Wegrzynovski é multimídia (internet, TV e rádio). Empolgado com a vida, trabalha com marketing e tecnologia. Escreve também para o gigante The Rio Times. É assessor de comunicação em política. Nesse setor trabalhou com a equipe do ex-presidente dos EUA, Barack Obama. Em Brasília, onde morou por 13 anos, trabalhou na Câmara dos Deputados, Ipea, Ministério da Agricultura, e Presidência da República. No exterior trabalhou em Londres e Portugal. Paranaense gente boa, manezinho adotado pela ilha, mora em Floripa quando pode. No mais é “nômade digital”.