há 8 dias
Giovanni Cardoso
Muito em breve Santa Catarina será lembrada por ser o estado de Carlos Bolsonaro e Jair Renan, dois aproveitadores que não sabem onde fica a ponte Hercílio Luz.
E isso é uma vergonha.
É uma vergonha porque já fomos o estado de Ana Moser, Guga Kuerten, de Falcão e mais recentemente, de Filipe Luís.
Já fomos o estado de Cruz e Sousa, a voz negra do simbolismo, de Cristovam Tezza, de Franklin Cascaes e suas bruxas, do imortal Godofredo de Oliveira Neto, de Marcos Konder e Lindolf Bell, os poetas.
O estado da primeira deputada negra do Brasil, Antonieta de Barros, do presidente da república Nereu Ramos, do primeiro-ministro Lauro Muller.
É uma vergonha porque já fomos o estado de Paulo Stuart Wright, de Zilda e Dom Paulo Evaristo Arns.
O estado de Vera Fischer, Sylvio Back e Rodrigo Hilbert.
Fomos o estado que acolheu visionários de renome mundial como Benoit Mure, Dr. Blumenau e os dois Fritz, o Muller e o Plaumann, que aqui depositaram seus sonhos e ajudaram a construir esse estado.
É uma vergonha chegar a esse ponto quando já fomos lembrados nas artes por Juarez Machado, Meyer Filho, Willy Zumblick e pelo gigantesco Victor Meirelles de Lima.
Um dia fomos reconhecidos planetariamente por sermos o estado da heroína de dois mundos, Anita Garibaldi, que por si só, podia encerrar essa lista e representar bem Santa Catarina por toda eternidade.
Mas, não. Seremos lembrados pelos dois filhos de Bolsonaro, aqueles que não deram certo nos seus estados de origem. Já não bastava o INRI Cristo. Meu Pai!
O que me intriga é imaginar que tenho conterrâneos que estão concordando com isso, admitindo que não tem nenhum catarinense competente, que nosso estado será entregue aos cariocas. Acorda, Santa Catarina, honre suas origens.
Que vergonha, Santa Catarina!
João Barbiero, hoje empresário no Paraná, com meus pais enterrados em Santa Catarina e familiares morando no estado