O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, foi exonerado do cargo, informa o G1. A exoneração ocorreu “a pedido”, segundo decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicado no “Diário Oficial da União” desta sexta-feira (24).
Moro, no entanto, foi pego de surpresa pela exoneração – que não ocorreu “a pedido” como diz o Diário Oficial – e ficou indignado. Ele não assinou a demissão e não esperava que isso ocorresse nesta sexta. Como o cargo é de livre nomeação do presidente, o ministro não precisaria assinar o despacho. Moro pretende dar uma entrevista nesta sexta às 11h.
Na quinta-feira, o ministro havia dito ao presidente que pediria demissão se Valeixo fosse demitido, segundo informaram as colunistas do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo, Andreia Sadi e Natuza Nery. Oficialmente, o Ministério da Justiça nega que Moro tenha chegado a pedir demissão.
Questionado por apoiadores no fim da tarde, ao chegar à residência oficial do Palácio do Alvorada, Bolsonaro não respondeu.
Não foi nomeado um substituto para o comando da PF. Entre os nomes cotados estão:
Conforme informou a colunista Andréia Sadi, Bolsonaro quer Alexandre Ramagem para o comando da PF. O nome não tem o apoio de Moro, e agora ministros da ala militar avaliam que o ministro da Justiça vai deixar o governo.
Informações: G1 | Foto: Denis Ferreira Netto / Estadão Conteúdo