No último dia 11 de maio, Carlos Bolsonaro reavivou em sua conta no Twitter a discussão sobre quem teria mandado matar Jair Bolsonaro. Ele se referia a facada sofrida pelo então candidato à presidência da república em 6 de setembro de 2018, durante um comício em Juiz de Fora, Minas Gerais.
O autor da facada foi preso em flagrante pela Polícia Federal e identificado como Adélio Bispo de Oliveira, e disse que teria agido “a mando de Deus”. Carlos Bolsonaro afirma que seria “falta de caráter achar que Adélio agiu sozinho e que seria doente mental diante de tantas evidências”.
Em um relatório feito pela PF e entregue à Justiça, ao qual a Veja teve acesso, são listadas todas as apurações feitas desde setembro de 2018. Ao todo foram ouvidas 77 testemunhas e entrevistadas 65 pessoas. Peritos analisaram 611 995 sinais de telefone, 350 horas de imagens, 1.200 fotos, 6 000 mensagens instantâneas e 2 300 e-mails.
De acordo com as conclusões da PF, o crime não teve mandante. “Até aqui, a investigação, marcada ininterruptamente pelo rigor técnico, demonstrou que Adélio Bispo de Oliveira atuou sozinho, por iniciativa própria, tendo sido responsável pelo planejamento da ação criminosa e por sua execução, não contando, a qualquer tempo, com o apoio de terceiros”, escreveu o delegado Rodrigo Morais.