O Diário Oficial da União desta segunda-feira (13) traz um termo de execução descentralizada entre a Secretaria de Comunicação e o Ministério da Saúde, onde o governo prevê gastar cerca de R$ 30 milhões em campanha publicitária para divulgas as ações do presidente Jair Bolsonaro e apresentar ações de retomada do país.
De acordo com a Secom, a campanha ainda está em fase de planejamento e deverá ser desenvolvida pela agências de propaganda contratadas pelo Ministério da Saúde. “A continuidade da campanha publicitária justifica-se pela necessidade de renovar as esperanças do brasileiro para que voltem a acreditar no Brasil com otimismo, vislumbrando um futuro melhor; mostrar que a retomada ao trabalho e à vida social se dará com segurança, respeitando os cuidados básicos de higiene e distanciamento; e apresentar as realizações do governo federal na superação da pandemia”, diz a justificativa do Termo de Execução Descentralizada nº 6/2020.
No início do mês a Secom pediu a liberação de R$ 325 milhões para gastar em publicidade e em relações públicas para tentar melhorar a imagem do governo Jair Bolsonaro no país e no exterior. O valor é mais do que o dobro previsto no atual orçamento de 2020 para ações de comunicação, cerca de R$ 138,1 milhões. A Secretaria afirma que são necessários mais recursos devido à pandemia de coronavírus.
Polêmicas
No início de julho foi divulgada uma propaganda onde o presidente Jair Bolsonaro conversa por telefone, com pessoas cujos rostos estão disponíveis em bancos de imagens. O governo alegou que era uma ‘peça piloto’ e retirou a campanha de circulação.
Já em março o Governo tentou emplacar a campanha ‘O Brasil não pode parar’, para respaldar o discurso do presidente de reabertura do comércio. No entanto, o ministro do Superior Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, vetou a publicidade alegando que “a supressão das medidas de distanciamento social, propagadas pela publicidade elaborada no governo, colocaria em risco a vida, a segurança e a saúde da população, direitos que a Corte tem o dever de tutelar”