Uma greve nacional de caminhoneiros está marcada para acontecer amanhã, 1º de fevereiro. Mais de oito mil caminhoneiros de todo país devem parar as atividades em reivindicação mais direitos para a categoria.
De acordo com Emerson Bahls, caminhoneiro autônomo e integrante da diretoria do CNTRC (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas), a organização do movimento vem acontecendo desde novembro do ano passado. “A gente vem buscando junto aos órgão que representam a categoria a reivindicação de melhorias, mas infelizmente não nos chamam para uma conversa, uma reunião. Como está cada vez mais difícil o preço do óleo diesel, os custos de derivados para o transporte do caminhão a gente marcou a paralização para 1º de fevereiro”, conta.
A mobilização vem sendo feita a nível nacional, por meio de aplicativos de mensagens. “São mais de 35 grupos com cerca de 230 pessoas em cada”, afirma Emerson. Ele ainda afirma que a paralização deve ser maior que a realizada pelos caminhoneiros em 2018, apesar da pandemia. “Toda a categoria trabalhou durante a pandemia e a nossa inflação chegou a ser superfaturada. Então que nenhum órgão do governo venha querer falar que a paralização vai prejudicar o Brasil porque eles mesmos elevaram a inflação”, complementa.
Dentre as reivindicações da categoria estão regulamentação de um piso mínimo de frete do transportador autônomo, aposentadoria especial, jornada de trabalho e fim da política de preços alinhado ao PPI (Preço de Paridade Internacional) para o óleo diesel. “Os governantes têm o poder da caneta, eles tem o poder dessa paralização nem começar. Basta ele nos chamarem para dialogar e fazer cumprir as leias para toda a categoria”, finaliza Emerson.