há 2 horas
Amanda Martins

Pelo segundo ano consecutivo, Helena foi o nome mais registrado no Brasil. Em 2025, 28.271 crianças receberam o nome, consolidando a retomada de uma preferência que marcou gerações e que já havia sido destaque nacional na década de 1950.
O crescimento de Helena nos registros civis vem sendo constante ao longo dos últimos anos. Há uma década, o nome ocupava apenas a 45ª posição no ranking nacional. Em 2017, avançou para o 21º lugar e, dois anos depois, chegou à 15ª colocação, até alcançar o topo da lista entre os nomes femininos.
Desde 2020, Helena lidera a preferência entre os nomes de meninas, posição mantida em quase todas as edições seguintes. A única exceção ocorreu em 2022, quando o nome foi superado por Maria Alice. Ainda assim, o retorno ao primeiro lugar reforça a força e a regularidade da escolha ao longo do tempo.
Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), com base no Portal da Transparência do Registro Civil. A entidade representa os cartórios de registro civil de todo o país e acompanha anualmente as tendências de nomes escolhidos pelas famílias brasileiras.
Segundo a Agência Brasil, para o presidente da Arpen-Brasil, Devanir Garcia, a escolha dos nomes vai além da preferência individual. Para ele, os registros refletem influências culturais, sociais e midiáticas que impactam diretamente as decisões das famílias no momento do registro dos filhos.
A Arpen destaca ainda a presença recorrente de nomes curtos e de fácil pronúncia nos rankings recentes, como Gael, Ravi, Theo, Noah e Maitê. Esse movimento indica uma busca crescente por simplicidade, sonoridade agradável e conexão global, sem abrir mão de referências tradicionais.
De acordo com a entidade, a tendência atual combina tradição — especialmente por meio de nomes de origem bíblica — com a originalidade impulsionada por influências do universo digital e de figuras públicas contemporâneas, criando um equilíbrio entre passado e modernidade.
Em novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também atualizou a versão anual do site Nomes do Brasil. A plataforma interativa permite consultar a ocorrência dos nomes, o período de nascimento, a concentração geográfica e a idade mediana das pessoas registradas com determinados nomes e sobrenomes.
O levantamento do IBGE mostra que o Brasil segue fortemente marcado por nomes tradicionais. O país é formado majoritariamente por Marias, Josés, Silvas e Santos. De cada cem brasileiros, seis são Marias, que somam cerca de 12,3 milhões de pessoas em todo o território nacional.
Helena: 28.271
Ravi: 21.982
Miguel: 21.654
Maite: 20.677
Cecilia: 20.378
Heitor: 17.751
Arthur: 17.514
Maria Cecilia: 16.889
Theo: 16.766
Aurora: 16.506
Helena: 28.271
Maite: 20.677
Cecilia: 20.378
Maria Cecilia: 16.889
Aurora: 16.506
Alice: 14.777
Laura: 14.487
Antonella: 10.436
Isis: 10.378
Heloisa: 9.703
Ravi: 21.982
Miguel: 21.654
Heitor: 17.751
Arthur: 17.514
Theo: 16.766
Gael: 16.201
Bernardo: 15.395
Davi: 14.425
Noah: 14.182
Samuel: 14.021