O ex-deputado federal Paulo Frateschi (PT), uma das figuras mais emblemáticas da militância de esquerda no Brasil, morreu nesta quinta-feira (6), aos 75 anos, após ser atacado a facadas pelo próprio filho, Francisco, em São Paulo. Embora socorrido e encaminhado ao Hospital das Clínicas, ele não resistiu aos ferimentos. A Polícia Militar informou que o agressor estava “em surto” no momento do ataque e foi detido para as providências legais. A mãe do rapaz sofreu ferimentos leves ao tentar intervir.

Segundo a Ric, Frateschi construiu uma trajetória profundamente ligada à defesa da democracia, dos direitos humanos e da participação popular. Amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele teve papel central na resistência à ditadura militar durante a juventude, integrando movimentos clandestinos e a Ação Libertadora Nacional (ALN). Por sua atuação política, foi preso, torturado e permaneceu marcado como símbolo das lutas pela liberdade no país.

Com a redemocratização, foi um dos fundadores e dirigentes históricos do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo, ajudando a estruturar a legenda e a consolidar seu projeto político. Na vida pública, exerceu funções de destaque, atuando como deputado estadual e ocupando cargos estratégicos na administração municipal, entre eles o de secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo. Sua trajetória deixa um legado de militância social, compromisso com a justiça e dedicação à vida pública.