Há exatos 20 anos eram formados os primeiros diáconos permanentes da Diocese de Ponta Grossa. Na época, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger estava à frente do Povo de Deus na diocese e foi ele quem começou os estudos, consultas e encaminhamentos, depois de longa conscientização do clero, orações e sondagem nas paróquias de possíveis candidatos, tudo aprovado pelos Conselhos de Pastoral e dos Presbíteros. Eram oito candidatos, cinco de Ponta Grossa e três de Irati.
No dia 27 de setembro, foram ordenados, já por Dom João Bráz de Aviz, Isoil Correia, Josoel da Cruz Borges (Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe), João Brecalto Pacheco (Paróquia Santa Rita), Flávio Antônio Pauluk e Alfredo Assad Neto (Paróquia São José), de Ponta Grossa. No dia 3 de setembro, ocorreu a celebração de ordenação de Eduardo Sedorski e Pedro Basílio (Paróquia Perpétuo Socorro) e Natalino Mascarello (Paróquia São Miguel), em Irati. Essa primeira turma cursou a Escola Diaconal São Francisco de Assis, em Florianópolis, de julho de 1996 até o ano 2000. Os candidatos viajavam a Santa Catarina duas vezes por ano para a formação.
O diácono João Brecalto Pacheco conta que o processo se deu em um clima de desconfiança. “Era algo novo pra nossa realidade. A pergunta era: será que vai dar certo? Éramos tímidos candidatos ao diaconato, ainda não sabíamos ao certo o que nos esperava. Apenas tínhamos a certeza de que era o que cada um queria”, detalha. Para Brecalto, o diácono vem assumindo e muito bem seu papel na comunidade católica. “Eu vejo uma aceitação bastante grande no trabalho desempenhado pelo diácono permanente. É uma vocação crescente diante da realidade em que estamos vivendo. Que o Espírito Santo suscite mais vocações e que possamos responder o chamado de Deus nas necessidades de nossos irmãos mais carentes e que esse mesmo Espírito Santo nos dê a graça de errar menos”, ressalta.
Flávio Antônio Pauluk, o diácono Toninho, lembra que todos os oito candidatos que iniciaram a turma foram ordenados. “Foi uma experiência completamente nova para toda a diocese. Na época, eu particularmente, não tinha nenhum conhecimento sobre o diaconato permanente. Temos que louvar e agradecer a Deus pela caminhada nestes 20 anos e por todos os diáconos da nossa diocese, que procuram dar um testemunho de Cristo servo”, comenta, citando que foram quatro anos de importante convivência com os colegas de Santa Catarina, onde a realidade do diaconato permanente já era vivida desde a década de 70. “E agradecemos também pelo apoio fundamental dado pelas nossas famílias que acompanham esta caminhada”.
O diácono Isoil Correia garante que valeu a pena 20 anos de experiência diária de Deus. “20 anos descobrindo a vontade de Deus em minha vida e, através desse ministério, na vida de muitas pessoas. Sinto-me privilegiado. Hoje (quinta-feira, dia 27) refleti sobre esse tempo e só tenho a dizer ‘obrigado, Senhor grande obra que Tu fizeste em minha vida!’. Fui descobrindo a cada celebração do Batismo o imenso valor desse Sacramento. A cada missa, a cada celebração da Palavra, a cada visita a um enfermo, a um idoso, a cada assistência a um necessitado, descubro a presença de Deus”, finaliza.
Da assessoria