há 5 horas
Heryvelton Martins

Um possível plano de ataque a uma escola em Castro, nos Campos Gerais, levou a Polícia Militar e a Polícia Civil a abrir investigação após uma denúncia anônima sobre uma entrega misteriosa de armas e objetos suspeitos em uma igreja evangélica da cidade. Segundo relato repassado às autoridades, a mãe de um jovem de 21 anos teria retirado de casa facas, uma machadinha, máscaras e outros itens e levado tudo ao pastor, com medo de que o filho colocasse em prática um ataque contra uma instituição de ensino.
De acordo com informações da Polícia Militar, uma frequentadora da igreja contou que sua filha viu, no dia 26 de novembro, a mulher entregar ao pastor duas facas grandes, duas máscaras e uma machadinha; mesmo assim, o religioso não comunicou o caso à polícia e chegou a mostrar os objetos durante cultos. Após a denúncia anônima, uma equipe da 5ª Companhia do Batalhão de Polícia Escolar Comunitária (BPEC) foi até o local e recebeu uma caixa com uma machadinha, um colar, dois socos-ingleses, três facas, um canivete, quatro máscaras, além de quatro livros e dois cadernos com anotações e dados pessoais, materiais que ficaram apreendidos para análise.
O responsável pela igreja afirmou aos policiais que não conhece a mulher que deixou o material, mas disse que ela seria mãe do proprietário dos objetos, um jovem de 21 anos, e que teria levado tudo ao templo sem que o filho soubesse, preocupada com a possibilidade de um ataque contra uma escola. A Polícia Civil do Paraná instaurou investigação e apura se havia de fato algum plano em andamento ou se o caso se limita a uma atitude preventiva da mãe diante do comportamento do filho.
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) informou que o Núcleo Regional de Educação foi comunicado e que, até o momento, não foi identificada nenhuma ameaça concreta ou real direcionada às escolas de Castro. A Seed-PR afirma, porém, que permanece em contato com as forças de segurança e que protocolos de prevenção à violência escolar seguem em vigor na rede estadual.
A Polícia Civil e a Polícia Militar do Paraná seguem ouvindo testemunhas e analisando os materiais recolhidos, e ainda não divulgaram detalhes sobre o jovem citado na denúncia nem eventuais medidas judiciais que possam ser adotadas. Enquanto a investigação avança, as autoridades reforçam a importância de que qualquer suspeita de ameaça a escolas seja comunicada imediatamente aos canais oficiais de segurança, para que ações preventivas sejam adotadas com rapidez.