Para auxiliar nessa reflexão, vamos abordar hoje o assunto do momento, a tal da Inteligência Artificial – IA, e como ela influencia a cultura organizacional, seja privado ou público, e como ela se faz necessário, principalmente para os gestores onipotentes, aqueles que apostam exclusivamente na sua intuição, e na sua suposta soberania intelectual de articulação.
O mundo mudou e é fato, e nesse cenário, se adaptar as mudanças requer uma dolorida ruptura frente a antigos conceitos, e uma acelerada adequação a um cenário tecnológico e com recursos inesgotáveis que auxiliam as estratégias serem assertivas, frente a uma sociedade que também sofre transformações de conceito e de valores em nova ordem de volatilidade social.
Os dados passaram a ser combustível na “Era da Informação”, e com eles, podemos mapear os resultados de qualquer ação tomada pelo homem, não só quantitativos, mas analisar até o sentimento codificado em cada postagem feita nas plataformas digitais.
Um grande engajamento conquistado pode não refletir o verdadeiro sentimento das pessoas frente a uma determinada marca, pessoa, organização. O exemplo é quando uma postagem atinge um grande alcance, recebendo muitas curtidas, comentários e compartilhamentos, mas o teor dessa reação esteja refletindo de fato, um sentimento de sátira, desprezo, nojo, inconformidade, dentre outros. Assim, podemos dizer que ouve grande engajamento, mas de resultado negativo.
Esta sensibilidade estratégica se desenvolve, muito das vezes pelos recursos tecnológicos existentes, como a inteligência artificial – IA, que nos aflora dados antes invisíveis aos nossos olhos, capaz de fornecer análises de dados precisas e oportunas, prevendo tendências de mercado e otimizando estratégias de investimento, analisando grandes quantidades de dados e identificando padrões e tendências que podem não ser aparentemente detectados pelos humanos.
Com o intuito de maximizar conversões, organizações brasileiras têm investido em IA para estarem próximas dos seus clientes e possíveis consumidores. De acordo com uma pesquisa global realizada pela International Business Machines Corporation (IBM), em 2022, cerca de 41% das empresas brasileiras utilizaram Inteligência Artificial em seu dia a dia, e sobre as previsões para esse ano no setor de tecnologia, as soluções de automação inteligente superarão US$ 1 bi em 2023 no Brasil, o que representa crescimento de 33% sobre o ano anterior. (Estudo da International Data Corporation (IDC). Entre os destaques para o setor também está o uso de Inteligência Artificial (IA) e nuvem.
Desta forma, a IA auxilia conhecer melhor o sentimento das pessoas, influenciando, inclusive, na forma de se COMUNICAR com elas, utilizando os dados como referência para uma decisão de abordar temas incialmente sensíveis, mas assuntos de relevância para a população, transformando temas considerados problemáticos em campanhas.
O atual prefeito de Florianópolis Topázio Neto, @topaziofloripa, faz bem isso, ele expõe um problema gerado pela prefeitura em oportunidade de engajamento positivo para com ele, quando explora a reforma de uma rua que ficou com um poste no meio dela, procura explicar o problema e apresenta uma solução, mostrando sentimentos de humildade e empatia, criando uma conexão emocional positiva com a população, e consequentemente, ganhando engajamento relevante. Isto se dá porque a inteligência artificial – IA, identifica o sentimento da população, e mostra o caminho para suprir esse descontentamento, que é se colocar na posição dessas pessoas, daí, é só utilizar uma narrativa adequada e gerar valor na relação.
Mas o robô não precisa substituir o ser humano, afinal, nossa capacidade de memória e processamento se expande com a tecnologia, podendo hoje até gerenciar as emoções codificadas nas reações digitais das pessoas, e assim, ajudar os profissionais a construir relacionamentos fortes com clientes e colegas, negociar de forma eficaz e tomar decisões que levem em consideração as necessidades e preocupações de todas as partes interessadas, fornecendo uma compreensão mais profunda dos produtos/serviços entregues e como eles afetam a vida das pessoas.
“Para não ser substituído por um robô, não seja um robô”. Martha Gabriel
Quando integramos a inteligência artificial – IA a inteligência do ser humano, podemos criar um profissional equilibrado e completo, podendo tomar decisões mais informadas, construir relacionamentos mais fortes e obter melhores resultados para si e para seus clientes.
Prof. Me. Lúcio Olivo Rosas