Uma rede social em fase de testes propõe um modelo alternativo ao das plataformas tradicionais: em vez de coletar dados pessoais como nome, e-mail ou número de telefone, ela incentiva os usuários a registrarem seu patrimônio financeiro como forma de identificação.

Chamada de Twocents, a plataforma substitui o tradicional símbolo “@” dos nomes de usuário por um “$”, representando o valor que cada pessoa possui em contas bancárias, ativos de investimento e criptomoedas. O projeto está em funcionamento desde dezembro de 2024 com um grupo restrito de cerca de 1.400 usuários e, segundo o New York Post, deve ser aberto ao público até o final de 2025.

No Twocents, os participantes interagem em tópicos semelhantes às antigas comunidades do Orkut, podem votar em postagens e comparar seus valores patrimoniais com os de outros usuários. Informações sobre o patrimônio aparecem em diversas partes da interface — incluindo enquetes, onde é exibida a média de riqueza de quem votou em cada alternativa.

Embora os valores inseridos pelos usuários possam ser informados livremente, a verificação depende da vinculação de contas bancárias à plataforma. A empresa afirma que o processo de validação dos dados pode ocorrer sem identificação direta do titular dos ativos.

Até o momento, a plataforma já registrou mais de US$ 150 milhões (cerca de R$ 820 milhões) em patrimônio vinculado por seus primeiros usuários. A maior fortuna verificada é de US$ 16 milhões (cerca de R$ 90 milhões), mas há registros de valores mais altos ainda não confirmados.

O Twocents, conforme divulgado pelo g1, também planeja permitir o registro de passivos financeiros, como dívidas com financiamento imobiliário, crédito estudantil e cartões de crédito, ampliando a visão sobre o perfil econômico de seus membros.