“Todo mundo merece morar bem e ter qualidade de vida no espaço onde reside”. A afirmação é da arquiteta Paola Deganutti que, juntamente do marido, Paulo Deganutti, coordena projetos no escritório Habitáculo Arquitetura. Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e José Amilton, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (30), os profissionais afirmam que o papel da arquitetura é entender as necessidades de cada morador de uma casa, para desenvolver projetos que proporcionem conforto e qualidade de vida.
“O nosso papel é rastrear quais são esses desejos, entender quais são as expectativas e sonhos dessas pessoas. Que tipo de memória ela quer criar nesse espaço? A gente espera projetar pensando que naquele espaço as pessoas vão construir as memórias delas, realizar sonhos e esperamos ser um meio para criar este cenário ideal”, destaca Paola.
Desta forma, o arquiteto pode atuar em diversas etapas de uma construção, desde o início, do planejamento, até a fase final de obra. “Muitos clientes optam por nos contratar no finzinho da obra, já está tudo pronto e eles nos procuram para saber como deixar a casa com a cara deles, como colocar a identidade deles”, pontua a arquiteta.
Porém, dados do Conselho de Arquitetura mostram que 87% da população brasileira não busca profissionais, como engenheiros e arquitetos, para o desenvolvimento das obras. “As pessoas acabam gastando 30, 40% a mais em uma obra, porque acham que estão economizando sem contratar estes profissionais”, diz Paola.
A ausência destes profissionais nas obras pode ser resultado da falta de conhecimento da população sobre a área. “Tornar a arquitetura mais acessível não é um conceito só nosso, mas do Conselho de Arquitetura do Brasil. Não tem mais essa questão do arquiteto ser uma coisa cara, claro que em uma obra muito grande isso pode ocorrer, mas ele tem que se tornar acessível por uma coisa muito simples, independente do tamanho da casa, ninguém tem que morar mal. A diferença é o tamanho, mas a casa vai ser pensada de outro jeito, vai ser bonita, uma casa pequena não significa que vai ser ruim ou feia, existem casas pequenas que são muito bem pensadas e muito bonitas, essa é uma luta para se levar a toda população”, pontua o arquiteto Paulo Deganutti.
Paola completa. “Nossa função é ligar os pontos daquilo que o cliente já tem, com as memórias que ele já tem e tentar construir algo novo a partir disso. Todo mundo merece morar bem, ter qualidade de vida no espaço onde reside”, conclui.
Acompanhe o trabalho do casal de arquitetos no Instagram: @habitaculo.arq
Confira a entrevista na íntegra: