O portal D’Ponta News apresenta uma série de reportagens sobre ‘A Pandemia em PG’. Publicada sempre às terças e quintas-feiras, a série trará sempre uma entrevista exclusiva com a opinião de um convidado sobre as atitudes tomadas no início da pandemia, a atual situação e também como enxerga o futuro para Ponta Grossa.
Além da saúde, outra área afetada pela pandemia de coronavírus e pelo isolamento social foi a economia. Diversos setores precisaram fechar ou reduzir suas atividades por um tempo, trazendo dificuldades para muito empresários. No entanto, o empresário e presidente do Sindicado dos hotéis, restaurantes, bares e similares dos Campos Gerais, Daniel Wagner, acredita que as decisões tomadas pela Prefeitura para conter o avanço da doença na cidade foram acertadas. “Teve, em geral, uma queda no faturamento das empresas, gerou muitas demissões. Mas hoje, fazendo um balanço, eu acredito que se a cidade conseguir sustentar esses números as decisões foram acertadíssimas”, afirma.
Para Daniel, a maior dificuldade no momento é fazer o consumidor sentir-se seguro para voltar a consumir. “O desafio é a gente fazer o consumidor confiar que ele pode sair às ruas, que ele pode frequentar os estabelecimentos” coloca. Ele ainda lembra que o sindicato tem divulgado um manual de boas práticas para esse momento de pandemia. “São materiais elaborados pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, para que o pessoal possa adotar novas práticas e passarem confiança para o consumidor”, complementa.
Outra área afetada com as medidas de isolamento social foi a de eventos. No entanto, o presidente lembra que, desde que respeitadas as condutas de higiene e segurança, pequenas reuniões podem ser realizadas. “No primeiro decreto, lá no dia 20 de março, foi proibido eventos de mais de 20 pessoas. O pessoal não prestou muita atenção nisto e ficou no inconsciente coletivo uma lenda de que está proibido fazer eventos, mas até 20 pessoas não está proibido. É possível realizar pequenas reuniões desde que tomados todos os cuidados”, coloca Daniel. Ele ainda lembra que várias áreas foram afetadas com isso, como a hoteleira e até de alimentos.
Dentre as ressalvas com relação às atitudes tomadas pela Prefeitura, o empresário destaca a diminuição no horário de atendimento do comércio. “O horário muito concentrado do comércio, aparentemente, vai concentrar as pessoas. Enquanto que se mantivesse o horário antigo a gente poderia espalhar melhor a frequência das pessoas”, avalia. Nesta terça-feira, após a entrevista com Wagner, a Prefeitura de Ponta Grossa publicou um decreto permitindo o funcionamento do comércio com duas horas a mais, das 9h às 17h.
Ele ainda acredita que o Executivo deveria oferecer algum tipo de auxílio aos empresários que tiveram prejuízos com o isolamento. “A gente espera que a Prefeitura tenha uma sensibilidade no sentido de ajudar as empresas que não puderam trabalhar totalmente com um desconto, de repente, de IPTU, taxas anuais de alvará. Seria simpático se a Prefeitura pudesse fazer isso para demonstrar um apoio para compensar as medidas”, finaliza.