Reconhecida como uma das instituições financeiras que mais operam microcrédito no país, com uma carteira ativa de mais de R$ 100 milhões nesse segmento, a Fomento Paraná enfrenta um período desafiador e trabalha para se reinventar processando quase 25 mil solicitações de crédito recebidas em pouco mais de 30 dias.
“Este é o período mais desafiador nos 20 anos de história da empresa. Certamente pelo volume de pedidos, mas principalmente pela necessidade de revisar processos e o modelo de negócio, diante da urgência e da pressão provocada pela pandemia de coronavírus na vida das pessoas e das empresas”, afirma o diretor-presidente Heraldo Neves.
O modelo de atuação da Fomento Paraná no âmbito do setor privado sempre foi baseado no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), que exige atendimento presencial, visita aos empreendimentos, análise caso a caso de projetos de investimento e da viabilidade do negócio, além de acompanhamento pós-crédito, visando ampliar a base produtiva e gerar empregos e renda.
Com o distanciamento social, o atendimento presencial foi suspenso, inclusive em muitas das entidades parceiras, onde atuam agentes de crédito e correspondentes, e foi preciso iniciar desenvolvimento de um novo modelo adaptado para atuação também por meio de plataformas digitais, sem abandonar o PNMPO.
“Fizemos um trabalho de sensibilização e atualmente estão operando junto conosco quase 70% dos parceiros, agentes de crédito e correspondentes, nas prefeituras e federações, associações empresariais e sindicatos credenciados, que estão ajudando no esforço de filtragem e cadastramento ou devolução das solicitações, mesmo com alguns ainda em sistema home office”, diz Renato Maçaneiro, diretor de Mercado. “Os parceiros são componentes-chave no trabalho de intermediação do crédito e neste momento são fundamentais no esclarecimento das dúvidas do público e sobre o direito à subvenção de juros para pagamento de salários e manutenção de empregos”.
Com a estabilização das esteiras de processamento em novas plataformas digitais, a expectativa é aumentar o volume de entrega de recursos. “Realocamos 30% da força de trabalho das atividades meio para atuar nas áreas fim, no cadastramento e nas esteiras de processamento, para priorizar as operações de crédito, com objetivo de ganhar mais velocidade na entrega”, acrescenta a diretora Administrativa e Financeira Mayara Puchalski.
O foco principal neste momento são os pequenos negócios, que envolvem as microempresas, MEIs e empreendedores informais, por meio da nova linha Paraná Recupera, e o microcrédito, com linhas até R$ 10 mil para pessoa física e até R$ 20 mil para pessoa jurídica com faturamento anual de até R$ 360 mil. Foram atendidos em duas semanas 2.500 empreendedores nesses dois segmentos, entre as 15.450 solicitações recebidas.
O limite da linha Paraná Recupera é de R$ 1.500 para informais (que desempenham atividades informais, mas que podem se tornar MEI); de R$ 3.000 para quem já é MEI ou microempresa há menos de 12 meses; e de até R$ 6.000, quando o empreendimento possui CNPJ há mais de 12 meses. Quando aprovado, o crédito nessa linha é entregue em três parcelas.
“Entendemos a pressa das pessoas, mas não podemos pular etapas, nem deixar de cumprir as normas regem a instituição, que precisa manter-se funcional e sustentável a longo prazo”, afirma Nildo Lübke, diretor Jurídico.
Informações e imagens: Agência Estadual de Notícias