há 2 horas
Amanda Martins

A agamia foi um dos termos mais pesquisados no Google em 2024, refletindo a crescente curiosidade sobre novas formas de se relacionar. O conceito descreve pessoas que preferem não se casar ou estabelecer vínculos formais, um modelo que tem se fortalecido especialmente entre as gerações mais jovens.
Segundo informações do portal Metrópoles, para a psicóloga Juliana Gebrim, o agâmico não deve ser confundido com alguém simplesmente solteiro. “Não é a mesma coisa de estar solteiro, em que a pessoa pode estar aberta a um relacionamento. O agâmico opta por um estilo de vida sem as amarras tradicionais”, explicou, em entrevista anterior ao Metrópoles.
A tendência surge em meio a um cenário em que diferentes formatos de relacionamento, monogâmicos ou não, ganham cada vez mais espaço. Apesar disso, a geração Z ainda se mostra majoritariamente monogâmica, segundo estudos recentes. Mesmo assim, cresce o número de pessoas que se sentem confortáveis para explorar novas dinâmicas afetivas, impulsionadas, também, pela facilidade de criar conexões por meio das redes sociais e aplicativos.
Juliana aponta que muitos enxergam a agamia como uma maneira de priorizar a liberdade, o autodesenvolvimento e a carreira, além de rejeitar padrões tradicionais que já não dialogam com seus valores. “Com o foco maior no bem-estar individual e a facilidade de criar conexões não convencionais, alguns jovens preferem evitar os compromissos e expectativas que vêm com o casamento”, afirmou.
Apesar dos estereótipos, a psicóloga destaca que a agamia não exclui o afeto ou o comprometimento. “Mesmo na agamia, relacionamentos afetivos podem existir, mas de forma mais livre e sem pressão de formalidades. É uma escolha que exige autoconhecimento e, muitas vezes, apoio psicológico para lidar com as cobranças externas e para encontrar equilíbrio”, completou