há 10 horas
Análise feita por Amanda Martins
A pior derrota da temporada. Assim pode ser resumida a noite desastrosa do Operário, que foi goleado por 4 a 1 pelo Athletic dentro do Germano Krüger, ampliando para três o número de tropeços seguidos na Série B. Um resultado que escancara as fragilidades de uma equipe que, além de não conseguir marcar, também não sabe mais se defender.
O time alvinegro da Vila Oficinas até tentou mostrar serviço nos primeiros minutos e quase abriu o placar logo aos cinco. Mas bastou o Athletic acelerar o jogo para o Operário desmoronar. O primeiro gol, contra, de Miranda, já deu o tom da tragédia. Logo depois, Giraldo errou feio na saída de bola e entregou o segundo.
O terceiro e o quarto vieram na mesma receita: cruzamento do lado direito, marcação perdida e total liberdade para os atacantes adversários decidirem o jogo ainda no primeiro tempo.
O Fantasma simplesmente não se encontrou. Perdeu o meio-campo, errou passes simples e deu espaços que o Athletic soube aproveitar com frieza. Se a defesa foi um desastre, o ataque seguiu o mesmo roteiro de toda a temporada: posse de bola estéril e finalizações sem perigo. Boschilia, com um belo gol, foi a única exceção em meio ao caos.
Os números escancaram o problema: 21 finalizações para o Operário, mas só uma que realmente obrigou o goleiro Adriel a trabalhar. Do outro lado, o Athletic precisou de apenas sete chutes para marcar quatro vezes. Eficiência contra desorganização.
Foi a segunda derrota consecutiva do Operário em casa, e a torcida, que ainda tenta manter a paciência, saiu visivelmente irritada, não só com o placar elástico, mas com a apatia e os erros repetitivos.
Na coletiva, o técnico Alex reconheceu o óbvio: a vitória do Athletic foi justa. E foi mesmo. Quem assistiu ao jogo viu um Operário completamente perdido, sem reação e sem equilíbrio. Agora, restando sete rodadas para o fim do campeonato, o time precisa mais do que ajustes, precisa acordar. Cada vacilo pode custar caro, e a sombra da zona de rebaixamento já começa a se aproximar.