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Famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu lamentam absolvição de sete réus: “É uma afronta à memória dos nossos filhos”

O incêndio no Ninho do Urubu, em 2019, deixou dez jovens atletas mortos e três feridos, todos integrantes das categorias de base do Flamengo

há 4 horas

Amanda Martins

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Famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu lamentam absolvição de sete réus: “É uma afronta à memória dos nossos filhos”
Foto: Divulgação/ Flamengo

As famílias das dez vítimas fatais do incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo (Ninho do Urubu), ocorrido em 8 de fevereiro de 2019, manifestaram profunda indignação após a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que absolveu os sete réus acusados no processo criminal. A sentença foi proferida pela 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital, sob responsabilidade do juiz Tiago Fernandes Barros, que considerou a ação improcedente.

Segundo informações do portal Metrópoles, a Associação dos Familiares de Vítimas do Incêndio do Ninho do Urubu (Afavinu) classificou a decisão como um “protesto profundo e irrevogável”, e afirmou que o veredito “fragiliza o mecanismo de proteção à vida e à segurança dos menores em entidades esportivas, formativas ou assistenciais no país”.

“Entendemos que o papel da Justiça não se limita à aplicação da lei em casos individuais, mas exerce uma função pedagógica essencial na prevenção de novos episódios semelhantes. Não cumprir essa função configura, para nós, grave afronta à memória das vítimas e ao sentimento de toda a sociedade”, declarou a Afavinu.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) havia pedido, em maio, a condenação de todos os acusados, após ouvir mais de 40 testemunhas durante o processo. No entanto, o magistrado entendeu que não houve provas suficientes para individualizar as condutas técnicas ou estabelecer nexo causal penalmente relevante entre as ações dos réus e o incêndio que matou os adolescentes.

Réus absolvidos

Foram absolvidos:

  1. Márcio Garotti, diretor financeiro do Flamengo entre 2017 e 2020;

  2. Marcelo Maia de Sá, diretor adjunto de patrimônio;

  3. Danilo Duarte, engenheiro responsável pela parte técnica dos contêineres;

  4. Fábio Hilário da Silva, engenheiro responsável pelas estruturas técnicas;

  5. Weslley Gimenes, também engenheiro envolvido nas instalações;

  6. Cláudia Pereira Rodrigues, responsável pela assinatura dos contratos da NHJ;

  7. Edson Colman, sócio da Colman Refrigeração, empresa que fazia manutenção nos aparelhos de ar-condicionado.

“A memória dos jovens não será silenciada”

Na nota, as famílias lembram que os adolescentes dormiam em contêineres improvisados, sem alvará, com indícios de falha elétrica e grades nas janelas que dificultavam a fuga. A Afavinu reforça que continuará lutando para que a decisão seja revista em instâncias superiores.

“A absolvição renova em nós o sentimento de impunidade. Seguiremos exigindo dos órgãos públicos a implementação de medidas concretas para evitar que tragédias como a do Ninho do Urubu se repitam. A memória dos jovens não será silenciada.”

A associação também fez um apelo à sociedade e aos torcedores do Flamengo: “Que a paixão pelos clubes se traduza em compromisso com a vida. O verdadeiro espírito esportivo exige empatia, responsabilidade e humanidade. Honrar esses valores é garantir que o futebol continue sendo motivo de alegria, nunca de luto.”

O incêndio no Ninho do Urubu, em 2019, deixou dez jovens atletas mortos e três feridos, todos integrantes das categorias de base do Flamengo. O caso se tornou um dos episódios mais trágicos da história do esporte brasileiro e segue sendo acompanhado com atenção pelas famílias e entidades de defesa dos direitos das vítimas.

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