há 2 horas
Amanda Martins
O tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) realizou na noite desta segunda-feira (20) o julgamento das punições dos atletas Diego, ex-volante do Batel e PV, zagueiro do Nacional-PR, sobre o caso de injúria racial que aconteceu durante uma partida entre as equipes na Taça FPF.
Com decisão unânime, Diego foi punido com suspensão de sete jogos e uma multa de R$ 2 mil reais por ter chamado PV de "Macaco". Enquanto isso, o zagueiro PV foi punido com 10 jogos de suspensão, sendo seis partidas por cuspir, ato anterior ao ato racista, e quatro jogos pelo soco desferido no jogador.
Durante a partida, o zagueiro PV cuspiu em Diego durante um lance de disputa de espaço em um escanteio, em seguida o jogador proferiu a ofensa racista.
Confira os votos dos auditores do TJD-PR:
Bruno Cavalcante: votou para punir Diego, do Nacional, com sete jogos de suspensão e multa de R$ 2 mil reais. Votou para punir PV com quatro jogos de suspensão por soco no adversário e mais seis jogos por cuspir em Diego.
José Mario Pirolo Neto: votou para punir Diego, do Nacional, com sete jogos de suspensão e multa de R$ 2 mil reais. Votou para punir PV com quatro jogos de suspensão por soco no adversário e mais seis jogos por cuspir em Diego.
José Leandro Scandelari: votou para punir Diego, do Nacional, com sete jogos de suspensão e multa de R$ 2 mil reais. Votou para punir PV com seis jogos por cuspir em Diego. Foi o único que votou para absolver PV por soco no adversário.
Carlos Roberto da Silva: votou para punir Diego, do Nacional, com sete jogos de suspensão e multa de R$ 2 mil reais. Votou para punir PV com quatro jogos de suspensão por soco no adversário e mais seis jogos por cuspir em Diego.
O volante Diego afirma ter proferido a palavra "malaco", e não "macaco" contra PV. Segundo ele, é uma expressão utilizada para se referir a alguém "maloqueiro". A reportagem tenta o contato com a defesa do jogador.
A sessão também absolveu, com unanimidade, o Batel no caso. O clube havia sido denunciado no artigo 243-G, que pune "ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor", por suspeita de não tomar providências para punir o jogador no dia do jogo.
Agora, a defesa de PV aguarda a denúncia do Ministério Público do Paraná. A defesa também vai entrar com processo na esfera cível.