Na manhã desta segunda-feira (27), o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, admitiu que o sistema de saúde público do município está saturado. As UTIs destinadas para o tratamento da COVID-19 estão com ocupação máxima e começam a faltar leitos para pacientes com outras doenças.
Sem esconder a preocupação, Rangel revelou que outros tipos de atendimento médico também foram afetados e estão no limite da capacidade. “Começou a colapsar também as UTIs de atendimento normal. Começa a colapsar todo o sistema de saúde”, alerta.
Ele também fez um apelo especial aos motoboys. “Você que trabalha com entrega, com delivery, por favor, cuidado absoluto. Tome muito cuidado, porque um acidente com moto é um acidente grave e as pessoas vão direto para a UTI”, pede.
“Se não tomarmos as medidas de diminuição da circulação, certamente não teremos controle sequer para encaminhamento de pacientes para outras regiões”, justifica. Segundo Rangel, a volta do escalonamento do comércio serve para diminuir a circulação de pessoas e dar tempo para que o sistema de saúde possa se organizar para receber os pacientes que necessitarem de atendimento.
Parques e praças do município continuam abertos ao público
Embora Rangel reforce a necessidade de diminuir a circulação de pessoas, parques e praças de Ponta Grossa seguem abertos ao público de acordo com o último decreto municipal. Para evitar que os locais se tornem ponto de encontro e aglomeração de pessoas, equipe de servidores da Secretaria Municipal de Esportes irá fiscalizar e orientar a população com relação as medidas de combate à COVID-19. Eles irão atuar no Parques de Olarias, no Parque Monteiro Lobato, no Parque Ambiental e na Praça do Pôr do Sol.
“Já que nós não conseguimos controlar, nós vamos fazer uma coisa inovadora. Nós vamos colocar a equipe da Secretaria de Esportes para ensinar às pessoas como se anda numa praça em meio a uma pandemia”, conta. De acordo com Rangel, aqueles que não seguirem as orientações serão obrigados a se retirar.
“Por incrível que possa parecer, os parques e praças são seguros. O que não é seguro é a prática que é realizada nos parques. Se os parques fossem usados de forma correta, não haveria problema”, justifica.
As declarações foram dadas durante o ‘Programa Nilson de Oliveira’, apresentado por Rangel, na Rádio Mundi FM.