Uma em cada 20 crianças (4,4%) apresentaram sintomas por mais de 1 mês. A dor de cabeça foi o sintoma mais citado no primeiro estágio da doença e a perda de olfato, o mais persistente, surgindo ao longo da doença e permanecendo por mais tempo. Em geral, foram relatados seis sintomas diferentes na primeira semana e oito no total ao longo da doença. Não houve relatos de sintomas neurológicos graves, como convulsões, diminuição da concentração ou quadros de ansiedade.
As crianças infectadas tiveram em média dois sintomas persistentes, sendo os mais comuns perda de olfato, dor de cabeça e fadiga.
Cerca de 1,8% relatou ter tido sintomas por mais de 2 meses, o que corresponde a 1 em cada 50 crianças.
O estudo também mostra que adolescentes costumam ficar doentes por mais tempo e ter sintomas persistentes após 1 mês. Adolescentes entre 12 e 17 anos tiveram sintomas por 7 dias, em média, e crianças entre 5 e 11 anos, por 5. Não houve diferença no número de crianças que ainda apresentavam sintomas após 2 meses.
“É reconfortante que o número de crianças com sintomas duradouros de covid-19 seja baixo”, afirmou Emma Duncan , principal autora do estudo, por meio de nota. “No entanto, um pequeno número de crianças sofre de covid longa e nosso estudo validou as experiências dessas crianças”.
Os pesquisadores também avaliaram crianças com resultado negativo para covid-19, mas com sintomas que podem ser atribuídos para outras doenças, como gripe e resfriado.
Eles observaram que crianças com covid-19 ficaram doentes por mais tempo em comparação com crianças com outras doenças, sendo uma média de seis dias para covid-19 e três para outras doenças.
do R7