Neste domingo (12) é comemorada a Páscoa, data que está diretamente ligada ao consumo de chocolate, já que a tradição é presentear as pessoas com o doce em formato de ovos. Com a abundância do alimento que é palatável e tem cheiro que atri os animais, os donos podem sofrer com o assédio, mas não devem ceder. Isso porque o chocolate pode causar intoxicação nos pets.
Bianca Benati, veterinária da da clínica Spet junto a Cobasi São Bernardo, explica que todos os tipos de chocolate possuem em sua composição uma substância chamada teobromina, que é muito tóxica para cães e gatos. Ela pode causar desde distúrbios gastrointestinais e problemas neurológicos até o óbito. Algumas consequências da ingestão do doce são hiperatividade, vômito, diarreia, convulsões e alterações na frequência do batimento cardíaco.
Além disso, o excesso de açúcar no organismo dos animais pode causar diabetes. Problemas no fígado também podem aparecer, a medida que para tentar diminuir a glicemia do sangue, ele produzirá mais insulina, podendo acarretar em um quadro de inflamação aguda. Por ser mais calórico o consumo constante de açúcar pode desencadear obesidade, e com isso, gerar problemas articulares, cardíacos, respiratórios, endócrinos, etc.
A veterinária atenta também que outros doces compostos com açúcar e gordura podem prejudicar o animal. “O excesso de gordura pode causar alterações no sangue e no sistema nervoso central, podendo causar convulsão. Além disso alguns doces podem conter algum componente tóxico para animais como café ou alguma noz”, explica. Caso o animal ingira o chocolate ou qualquer outro doce, é importante analisar o quanto foi ingerido, de qual tipo é e logo em seguida, procurar um veterinário.
Contudo, há produtos oferecidos no mercado pet que são seguros. Existem bolos, sorvetes, chocolates, petiscos, etc. Esses produtos simulam o gosto e aspecto do chocolate, e são produzidos com matérias primas seguras para os animais. Outra opção mais natural e saudável é oferecer frutas, que são ricas em vitaminas, fibras, minerais e antioxidantes. Algumas das mais comuns são: maçã, banana, manga, melão, melancia, pêra, mamão e pêssego. Todas podem ser dadas sem a casca e sem a semente.
Apesar de tudo, a veterinária recomenda que a melhor forma seria não ensinar os animais a comerem doces ou quaisquer outros alimentos impróprios, assim não passam vontade quando presenciarem alguma situação humana de alimentação. “O hábito deles pedirem comida ao pé da mesa deve ser desestimulado desde filhotes, assim eles não criam o hábito de pedir ou roubar comida a mesa.”, finaliza.
do IG