Sábado, 16 de Novembro de 2024

Repórter é agredido durante manifesto em Curitiba

2020-05-02 às 16:10

Um repórter cinematográfico acabou sendo agredido durante o exercício da função em frente à sede da Polícia Federal de Curitiba. O profissional teve quase teve o equipamento de trabalho danificado. O Sindijor, Sindicato dos Jornalistas do Paraná, emitiu uma nota de repúdio à agressão regustrada na tarde deste sábado (02).

Leia na íntegra.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) repudiam qualquer forma de agressão que impeça o livre exercício profissional de jornalistas. Hoje (2 de maio), um dia após o Dia do Trabalhador, mais uma vez, profissionais tiveram seus direitos violados durante a cobertura das manifestações contra e a favor do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, em frente ao prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O repórter cinematográfico da RICTV, Robson Silva, foi alvo de agressão física durante o ato e quase teve o equipamento danificado. O profissional não pôde desempenhar totalmente suas atividades devido à hostilidade de um manifestante que empurrou o repórter cinematográfico enquanto o mesmo fazia imagens do ato. Outros profissionais de imprensa que estavam próximos ajudaram Silva e impediram que a câmera sofresse qualquer dano.

O SindijorPR destaca que jornalista também é trabalhador e não pode ser confundindo com a posição da empresa para qual trabalha. A entidade também lamenta que veículos de comunicação estejam propondo diminuir o salário de profissionais de imprensa que estão na linha de frente da cobertura diária em tempos de pandemia, pois além dos riscos da Covid-19 já se arriscam continuamente em coberturas cotidianas e este é um forte exemplo do quanto estes profissionais se arriscam pela profissão.

Para a entidade, agredir jornalista é um atentado à liberdade de expressão. O SindijorPR alerta que impedir o trabalho de profissionais da imprensa representa grave violação ao direito à informação e ao livre exercício profissional. O jornalista não está no local para defender ou acusar, mas para informar a sociedade sobre os fatos de seu interesse. O SindijorPR pede que todos os casos de agressões sejam repassados ao sindicato para que possa tomar as devidas providências.

O SindijorPR continuará ampliando o diálogo com as organizações dos movimentos para que orientem aos manifestantes da importância do papel dos jornalistas. Também entraremos em contato com as assessorias da Polícia Federal e da Polícia Militar do Paraná para que apurem as condições em que se deu a atuação policial e também para que garantam o exercício da profissão e a livre manifestação de ambos os lados.
Fonte:SindijorPR

Foto: O Globo.