Os cigarros eletrônicos, os chamados ‘vapers’, viraram uma ‘mania’ entre os jovens no Brasil, segundo o médico pneumologista Dr. Magno Zanellato, mesmo a comercialização do produto sendo proibida no país. “Cigarro eletrônico não é só vapor, esse foi o lobby usado pela indústria do tabaco para conquistar um público que havia sido perdido com tantas campanhas anti-tabaco, durante tantos anos”, explica.

Em entrevista ao programa Manhã Total, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (18), o médico explica que estes cigarros têm um grau de nicotina, substância que causa a dependência química. “Quem começa usando o ‘vaper’, tem uma tendência a consumir o cigarro de papel depois”, opina.

A lógica é a mesma com relação ao narguilé. “Se engana aquelas pessoas que acham que narguilé e ‘vaper’ fazem menos efeito lesivo ao pulmão do que o cigarro de papel ou de palha. Faz um efeito grande e chega a ser pior do que o cigarro de papel. Em média as pessoas fumam uma carteira ou meia carteira por dia, mas as vezes numa rodinha de amigos, o que se fuma em um narguilé é uma coisa que dá algumas carteiras de cigarro em uma noitada”, afirma.

Ele ainda conclui. “Não está havendo uma fiscalização adequada e penalização desses estabelecimentos para quem faz a venda desses produtos para os adolescentes, principalmente”, finaliza.

Aumento de infecções pulmonares agudas

Segundo ele, nesta época do ano sempre há um aumento considerável de consultas devido a este fator climático. “O organismo cria um desequilíbrio no sistema imunológico, que é onde os vírus e as bactérias se aproveitam dessa possibilidade, se instalam e fazem algumas infecções agudas, que é o que mais faz surgir as descompensações do pulmão e as infecções agudas”, explica. “Nosso pulmão é preparado para uma temperatura acima de 17º C, então quando está mais frio diminui alguns mecanismos fisiológicos, o muco fica mais espesso e há dificuldade de fazer a limpeza fisiológica do pulmão”, pontua.

Confira a entrevista completa: