Servidores da Saúde de Ponta Grossa decidiram por manter a paralisação em Ponta Grossa após duas assembleias nesta segunda-feira, 6. Eles se reuniram no início da manhã, no Parque Ambiental, e no começo da tarde em frente à UPA Santana. A convocação foi feita pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SindServ), após uma proposta da Prefeitura de manter o adicional de insalubridade de 40%, referente ao mês de agosto, com pagamento em folha avulsa, mas suspendendo o aumento benefício e mantendo em 20% a partir de setembro.
A decisão pela paralisação ocorreu após o anúncio do corte do adicional, que vinha sendo pago desde 2020 aos profissionais da linha de frente da pandemia de COVID-19.
Até o momento não há informações de quais serviços podem ser afetados pela greve no município com a redução de profissionais. A expectativa é a de que o Sindicato se pronuncie até o final da tarde de hoje, 6, mas que a vacinação contra a COVID-19 não seja afetada.
O QUE DISSE A PREFEITURA
Em nota enviada à redação do portal D’Ponta News na última semana, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa afirma que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) “já está ciente da sinalização de paralisação. Até o momento, segue o posicionamento dado ontem (2), que manteve o pagamento do valor referente ao mês de agosto”, afirma.
No documento a Prefeitura ainda declara que os servidores que exercem atividades nas Unidades de Saúde, Hospitais e UPA, habitualmente recebem adicional de insalubridade ou periculosidade conforme laudo técnico da Engenharia de Segurança do Trabalho, e norma regulamentadora do Ministério do Trabalho. “Com o advento da pandemia, fora alterado o percentual da insalubridade já paga, que em sua maioria era de 20%, diante das incertezas quanto o comportamento do vírus e da disponibilização de imunizantes no período, uma vez que o município recebeu as primeiras doses de vacina apenas na segunda quinzena janeiro de 2021”, completa.
A PMPG ainda aponta que o adicional de 40% foi “um meio de valorizar a segurança dos servidores”, porém, com o avanço da vacinação, “o referido adicional pode ser afastado e retornar ao percentual indicado para cada serviço de saúde”.
Confira a nota na íntegra:
De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), a mesma já está ciente da sinalização de paralisação. Até o momento, segue o posicionamento dado ontem (2), que manteve o pagamento do valor referente ao mês de agosto.
Os trabalhos da Medicina e Segurança, da equipe de Infectologia, do Recursos Humanos, da Atenção Básica, dentre outros, foram buscando melhores equipamentos de proteção, maior treinamento no uso e proteção, e finalmente a vacina para todos os servidores da saúde, como imunização de 1ª e 2ª dose.
Assim, neste momento, onde se evidencia a redução da contaminação, dos casos graves, das internações, onde os servidores já se encontram imunizados e preparados com treinamento e equipamentos para a atuação (EPI’s), o Município passa a retomar os parâmetros normais de pagamento do adicional de insalubridade, conforme postos de trabalho.
Os servidores que atuam nas Unidades de Saúde, Hospitais e UPA, habitualmente recebem adicional de insalubridade ou periculosidade conforme laudo técnico da Engenharia de Segurança do Trabalho, e norma regulamentadora do Ministério do Trabalho. Com o advento da pandemia, fora alterado o percentual da insalubridade já paga, que em sua maioria era de 20%, diante das incertezas quanto o comportamento do vírus e da disponibilização de imunizantes no período, uma vez que o município recebeu as primeiras doses de vacina apenas na segunda quinzena janeiro de 2021.
Vale destacar que, os valores pagos durante esse período foram um meio de valorizar a segurança dos nossos servidores. Contudo, com o avanço da vacinação, tanto do grupo de profissionais de saúde, que já está vacinado na sua totalidade, como do restante da população, com mais 87% vacinados com 1ª dose, o referido adicional pode ser afastado e retornar ao percentual indicado para cada serviço de saúde.
foto: Divulgação / SindServ