A população está sendo orientada a ficar em casa e evitar o contato próximo com outras pessoas para evitar o contágio por coronavírus. Com as escolas fechadas, os pais estão se desdobrando para preencher o tempo livre das crianças com atividades e brincadeiras. O desafio pode ser ainda maior se a criança for portadora do autismo.
Pensando nisso, a terapeuta ocupacional ponta-grossense Gabrielle Grube Pereira, responsável pela Lumine Autismo, criou uma série de vídeos com dicas para os pais durante este período de distanciamento social.
“Muito se fala sobre os benefícios de estabelecer uma rotina diária para as crianças com autismo. Nesse período em que os pais estão mais em casa e a rotina da família está um pouco diferente, é importante oferecer previsibilidade para a criança”, afirma.
Uma boa opção, de acordo com Gabrielle, é fazer uma rotina visual. Uma espécie de quadro, com letras coloridas e imagens divertidas, que mostrem para a criança o que vai acontecer ao longo do dia e qual será a próxima atividade. O ideal é que ela fique em lugar bem visível e de fácil acesso.
Para Gabrielle, a técnica permite organizar a rotina dos pequenos e dos adultos também. “A criança fica mais calma e os pais também, porque sentem que têm oferecido tempo de qualidade, atenção no decorrer do dia, atividades prazerosas e favorecem o desenvolvido”, garante.
Hora de brincar
A terapeuta ocupacional também destaca a importância de adicionar estímulo nas atividades e brincadeiras feitas em casa durante esse período de distanciamento social.
“Ao invés de montar um quebra-cabeça sobre a mesa, eu sugiro que vocês colem as peças na parede. Para pegar as peças, a criança deverá escalar o sofá, uma torre de almofadas ou uma rampa de colchão”, exemplifica.
Outra dica é realizar uma atividade de caça ao tesouro. “As dicas e pistas que você vai sugerir nas etapas da caça ao tesouro podem estar escondidas embaixo de objetos pesados como caixas de leite ou pacotes de mantimentos fechados”, explica.
De acordo com Gabrielle, ampliar o repertório de atividades exige cuidado e atenção dos adultos responsáveis. “Claro que todos esses exemplos exigem a vigilância dos pais para a segurança das crianças e colocar desafios na medida certa”, alerta.