No último sábado a Confraria Feminina Las Bellas Cwb se reuniu para o primeiro encontro do ano, no qual foram degustados quatro rótulos em um jantar a francesa com menu 4 tempos. O jantar contou com a presença da sommelière Patrícia Ecave e de seu convidado curitibano Wellington Gonçalves, também sommelier.
As primeiras confrarias de vinho surgiram na França, na época da Revolução Francesa, e eram organizações em que os membros se reuniam periodicamente para novas experiências e para ampliar os conhecimentos sobre um tema que envolvia um gosto em comum – no nosso caso, hoje, é o vinho. As confrarias de vinhos são comandadas por um chanceler, que pode ser um sommelier, responsável por organizar os eventos realizados quinzenalmente ou mensalmente, e verificar todos os detalhes necessários. Para participar das confrarias é preciso ser convidado (a) e, obviamente, se identificar com o tema.
No encontro de sábado alguns pontos foram explanados sobre a formação e o planejamento de confrarias, segundo o sommelier Wellington Gonçalves, o planejamento é indispensável. Quando um encontro é realizado em um restaurante, é necessário confirmar antecipadamente o número de participantes para que se possa calcular a quantidade necessária de pratos a serem elaborados, “não somente os pratos gastronômicos, como também os vinhos a serem harmonizados precisam ser calculados, pois tudo envolve um custo que precisa ser rateado com antecedência entre o grupo”, destaca. Portanto, cada encontro de um confraria precisa ser preparado e organizado com antecedência para que no momento do evento não aconteçam surpresas desagradáveis, prejuízos financeiros para o organizador e nem falte o ator principal, o vinho.
No encontro da Las Bellas o menu foi composto por entradas de arancini com grana padano, salada de rosbife ao vinagrete de mostarda com bacon crocante e salada de folhas frescas. Para o prato principal foram servidos: risotino de gorgonzola com pera e nozes, ravioli de mussarela de búfala ao molho pomodoro com lascas de parmesão e manjericão fresco e, para finalizar, sobremesa de brownie com sorvete de creme. Foram realizadas harmonizações regionais e por contraste com vinhos do Brasil, Itália, Chile e Espanha.
Para a sommelière responsável pelo evento, Patrícia Ecave, a confraria é uma oportunidade de conhecer mais sobre vinhos ou colocar em prática conhecimentos teóricos: “o exercício da degustação é fundamental para quem tem interesse pelo mundo dos vinhos, e na confraria os participantes tem a oportunidade de economizar e conhecer ao mesmo tempo rótulos de vários países, suas histórias, culturas, além dos vários tipos de castas e, dessa forma, descobrir o que mais agrada seu paladar”. A confraria também é uma oportunidade de fortalecer ou fazer novas amizades além de praticar o networking. São muitos os benefícios proporcionados por essas atividades, “diante de tantas preocupações e uma vida tão corrida, esse momento de encontro e novas descobertas no mundo do vinho é algo muito prazeroso, pois além de agregarmos conhecimentos, descontraimos com sorrisos, ótimas conversas e novas amizades”, destacou Solange Ribas funcionária pública e integrante da confraria.