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Carlos Solek

A justiça do Peru condenou, nesta quinta-feira (27), o ex-presidente Pedro Castillo a 11 anos e meio de prisão em um julgamento por rebelião e conspiração contra o Estado, em relação ao ocorrido no final de 2022. Na ocasião, ele tentou, sem sucesso, dissolver o Congresso e assumir amplos poderes.
Segundo a CNN Brasil, a condenação de Castillo veio um dia depois de outro ex-presidente, Martín Vizcarra, ser condenado a 14 anos de prisão, após ser considerado culpado de receber subornos anos antes de assumir o cargo.
De extrema-esquerda, Castillo foi eleito em 2021 com cerca de 50,13% dos votos contra Keiko Fujimori, de extrema-direita.
No início de dezembro de 2022, Pedro Castillo, então presidente do Peru, anunciou o fechamento parcial do Congresso peruano e disse que convocaria eleições legislativas. Castillo informou que passaria a governar o país por meio de decretos e que um toque de recolher seria imposto à população.
No mesmo dia, o Congresso do Peru aprovou o impeachment de Castillo por 101 votos a favor, seis contra e dez abstenções. O presidente foi detido pela Polícia Nacional por "suposto crime de rebelião, regulamentado no artigo 346 do Código Penal, por violação da ordem constitucional.
Dina Boluarte, vice de Castillo, assumiu a presidência do país. Contudo, ela foi derrubada por um impeachment no mês passado. No momento, quem governa o Peru de forma interina é José Jeri, presidente da Câmara dos Deputados. As eleições presidenciais estão marcadas para abril de 2026.