O mundo viveu o janeiro mais quente da história, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia. O mês passado superou o recorde anterior de 2020, consolidando uma preocupante tendência de aumento das temperaturas globais.

Este janeiro excepcional se soma ao ano de 2023 que já havia sido classificado como o mais quente desde 1850, impulsionado pelas mudanças climáticas e pelo El Niño. Todos os meses desde junho de 2023 foram os mais quentes já registrados para o mesmo período.

Samantha Burgess, diretora adjunta do C3S, adverte que "as reduções rápidas nas emissões de gases de efeito estufa são a única maneira de impedir o aumento das temperaturas globais". Cientistas alertam que 2024 tem 33% de chance de ser ainda mais quente que 2023, e 99% de chance de estar entre os cinco anos mais quentes da história.

Embora o El Niño esteja enfraquecendo, as temperaturas médias globais da superfície do mar em janeiro de 2024 foram as mais altas já registradas. Apesar de ter ultrapassado 1,5ºC em um período de 12 meses, o mundo ainda não violou a meta do Acordo de Paris, que se refere à temperatura média global ao longo de décadas. No entanto, a tendência de aquecimento é clara e exige medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e evitar consequências graves e irreversíveis.

Com informações da Reuters