O acidente ocorrido nesta quarta-feira (3) com o Elevador da Glória, um dos mais tradicionais pontos turísticos de Lisboa, resultou na morte de 15 pessoas e deixou 18 feridos, sendo cinco deles em estado grave, segundo informações das autoridades locais. O descarrilamento aconteceu por volta das 18h05 na Calçada da Glória, quando o elevador descia em direção à região dos Restauradores.
Conforme as primeiras informações apuradas, o cabo de tração teria se partido, fazendo com que o veículo perdesse totalmente o controle e colidisse com um prédio de forma violenta. Apesar da realização das manutenções — a geral em 2022, intercalar em 2024 e inspeções periódicas — o funicular estava com lotação próxima à capacidade máxima, transportando cerca de 40 pessoas no momento do acidente.
O balanço oficial aponta 15 vítimas fatais e 18 feridos, distribuídos pelos principais hospitais de Lisboa. Entre os feridos, há estrangeiros e uma criança, reforçando o perfil multicultural dos passageiros que utilizam o elevador, frequentemente lotado devido à grande procura turística.
A tragédia provocou a decretação de luto nacional em Portugal. O governo e o presidente Marcelo Rebelo de Sousa manifestaram pesar e acompanhamento integral do caso, enquanto a Carris, operadora do elevador, afirmou ter cumprido todos os protocolos de manutenção e abriu um inquérito conjunto com as autoridades para apuração das causas.
A Polícia Judiciária enviou equipes ao local, incluindo especialistas em acidentes de massa e crimes de negligência. Sindicatos de trabalhadores já haviam, anteriormente, alertado para problemas recorrentes na terceirização dos serviços de manutenção dos ascensores históricos de Lisboa.