há 3 horas
Amanda Martins

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) adiou, na última terça-feira (25), o julgamento que pode determinar a suspensão das caronas intermediadas pela plataforma BlaBlaCar no estado. A ação foi movida pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (FEPASC) e pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Paraná (RODOPAR), que questionam a legalidade do modelo de compartilhamento de viagens.
Segundo o portal Ric, a sessão teve início com o voto do relator, desembargador Evandro Portugal, que reconheceu a legalidade do sistema operado pela BlaBlaCar, presente há uma década no estado. Segundo ele, não há elementos que justifiquem a suspensão imediata das atividades. Após o voto, o desembargador Luiz Taro Oyama pediu vista, interrompendo a análise. O julgamento deverá ser retomado em 24 de fevereiro de 2026.
Plataforma continua ativa no estado
Com o adiamento, a BlaBlaCar segue funcionando normalmente no Paraná, inclusive durante o período de festas de fim de ano. Segundo a empresa, o estado possui 2,2 milhões de usuários cadastrados, e mais de 1 milhão de deslocamentos, entre caronas e viagens de ônibus, foram realizados ao longo de 2025.
A plataforma, presente em 21 países e com 110 milhões de membros no mundo (sendo mais de 20 milhões no Brasil), conecta motoristas que já fariam determinado percurso a passageiros interessados em dividir os custos da viagem. A divisão considera apenas despesas como combustível e pedágios, entre até quatro ocupantes. O descumprimento das regras pode levar à suspensão do usuário.
Parceria com empresas de ônibus
Além das caronas, a BlaBlaCar também atua em integração com o transporte rodoviário. No Brasil, mantém parceria com mais de 210 viações, incluindo 22 no Paraná, permitindo combinar trechos de carona e ônibus em um único sistema. Segundo a empresa, essa união contribui para modernizar e digitalizar o setor de mobilidade intermunicipal. Com o futuro da operação ainda indefinido, motoristas e passageiros seguem aguardando a conclusão do julgamento em 2026.