Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2025

O que se sabe sobre a criança de 2 anos morta brutalmente?

Investigações avançam para encontrar suspeitos foragidos; criança tinha sinais de diversas violências
2025-02-18 às 15:06

A morte brutal de Arthur Ramos Nascimento, de apenas 2 anos, no último domingo (16), em Tabira, Sertão de Pernambuco, continua gerando comoção e revolta. As investigações avançam enquanto a Polícia Civil trabalha para localizar os principais suspeitos do crime: Antonio Lopes Severo, conhecido como “Frajola”, e Giselda da Silva Andrade. Ambos estavam responsáveis por cuidar do menino e estão foragidos.

Detalhes do crime

Arthur foi encontrado em sua residência no bairro João Cordeiro com sinais de extrema violência, incluindo múltiplas lesões pelo corpo. A criança chegou a ser levada ao hospital local, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu logo após dar entrada na unidade. Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como homicídio por violência doméstica e familiar.

Uma vizinha teria descoberto a situação ao estranhar o silêncio na casa e encontrar o menino gravemente ferido. Testemunhas relataram ainda a possibilidade de violência sexual contra Arthur, mas essa informação só será confirmada após os laudos periciais.

Histórico dos suspeitos

De acordo com a delegada Joedna Soares, responsável pelo caso, o casal suspeito tem antecedentes criminais por tráfico de drogas e homicídio. A mãe de Arthur havia deixado o menino sob os cuidados deles há cerca de dois meses, enquanto estava viajando. A polícia ainda investiga as circunstâncias que levaram à decisão da mãe de confiar o filho ao casal.

A prisão preventiva dos suspeitos já foi solicitada pela Polícia Civil e recebeu parecer favorável do Ministério Público. Imagens dos foragidos foram divulgadas para auxiliar na busca, e a população pode colaborar com informações por meio do Disque-Denúncia ou diretamente com a Delegacia de Tabira.

Comoção e apelo por justiça

A tragédia abalou profundamente a cidade de Tabira. Nas redes sociais, familiares, amigos e moradores expressaram indignação e exigiram justiça para Arthur. Movimentos locais começaram a organizar manifestações para cobrar celeridade nas investigações.

Arthur completaria 3 anos em março deste ano. Sua morte expõe mais uma vez a urgência de políticas públicas voltadas à proteção da infância e ao combate à violência doméstica. A investigação segue sob sigilo para garantir o andamento do caso. Novas informações serão divulgadas conforme o progresso das apurações.