Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025

Bolsonaro pode ser preso? Entenda o que pode acontecer com ex-presidente

Ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta acusações graves, incluindo tentativa de golpe de Estado, e pode ser julgado ainda em 2025
2025-02-19 às 11:45

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022. A denúncia, apresentada no Supremo Tribunal Federal (STF), também envolve outras 33 pessoas e acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa com o objetivo de abalar a democracia brasileira. Entre as acusações estão crimes como Golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, ambos previstos na legislação sancionada pelo próprio Bolsonaro em 2021, durante seu mandato.

Acusações e possíveis penas

De acordo com a PGR, Bolsonaro teria desempenhado um papel central na elaboração de um decreto golpista, pressionado militares para aderirem ao plano e até mesmo concordado com a ideia de assassinar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso condenado pelos crimes denunciados, como tentativa de golpe e organização criminosa armada, ele pode enfrentar penas que variam de 4 a 12 anos de prisão, dependendo da gravidade dos atos comprovados.

Além disso, a denúncia ressalta que a suposta organização criminosa liderada por Bolsonaro era estruturada hierarquicamente e tinha forte apoio de setores militares. O caso está sendo tratado com prioridade pelo STF, que pretende julgar o ex-presidente ainda em 2025 para evitar interferências no processo eleitoral.

Prisão antes do julgamento

Embora a prisão definitiva só ocorra após uma condenação transitada em julgado, há possibilidade de prisão preventiva durante o andamento do processo. Essa medida seria aplicada caso o STF considere que a liberdade do acusado possa prejudicar as investigações ou representar risco à ordem pública.

Estratégia da defesa

A defesa de Bolsonaro tenta anular delações premiadas que reforçam as acusações e sustenta que ele é alvo de perseguição política. Apesar disso, especialistas apontam que as evidências apresentadas pela PGR são robustas e aumentam as chances de condenação.

O julgamento será conduzido pela 1ª Turma do STF, composta por ministros como Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. A decisão final pode marcar um momento histórico para a política brasileira, com implicações significativas para o futuro do ex-presidente e seus aliados políticos[3].