A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacou hoje em Plenário os avanços econômicos do país e os contrastes entre as administrações de Lula e Bolsonaro. Ela iniciou seu discurso relembrando a dura realidade enfrentada pelos brasileiros durante o governo anterior.

“Eu quero começar respondendo a um deputado bolsonarista que, aqui no Plenário, disse que a economia, sob o governo Lula, é uma tragédia. Tragédia, deputado, foi a fila do osso, que o Bolsonaro permitiu que existisse no Brasil, e as pessoas desempregadas e sem comida. Isso é tragédia!”, ressaltou.

A deputada prosseguiu detalhando os indicadores econômicos sob a administração de Lula, comparando as previsões do Boletim Focus, um relatório de mercado utilizado pelo Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro.

“O Boletim Focus dizia, no início de 2023, que a economia cresceria apenas 0,65% e que a inflação, em 2023, fecharia em 5,36%. Pois bem, no final de 2023, o PIB, sob o Governo Lula, cresceu 2,9%, e a inflação caiu para 4,62%. Agora, em janeiro de 2024, o Boletim Focus dizia que o PIB cresceria apenas 1,5% e que a inflação seria muito superior a 4%. Pois bem, no acumulado de 12 meses até agora em 2024, nós já tivemos um crescimento do PIB de 2,5%, e a nossa inflação acumulada está em 3,93%”, pontuou.

Além dos dados do PIB e inflação, Gleisi Hoffmann destacou outros indicadores positivos da economia. “O desemprego fechou o trimestre em 7,1% — o menor percentual em 10 anos. Nós geramos, neste ano, mais de 1 milhão de empregos. O saldo da nossa balança comercial está em 93 bilhões de dólares. E quanto ao déficit nas contas públicas, que, em 2023, foi de 2,29% — porque herdamos uma barbaridade de acordos do governo Bolsonaro, nós o estamos diminuindo. E ainda que não feche em 0%, vai fechar em bem menos do que foi no ano passado”, pontuou.

A deputada também questionou a reação do mercado e da mídia, que, segundo ela, se mostram excessivamente nervosos com a valorização do dólar. “Eu não consigo entender por que o mercado fica nervoso e a mídia fica nervosa junto. Dizem que o dólar está subindo, porque o presidente está falando muito, que o presidente deveria se calar. O presidente da República não tem que se calar, ele tem que falar as verdades”, afirmou.

Ela finalizou sua fala cobrando uma atuação mais eficaz do Banco Central sob a liderança de Campos Neto. “Este mercado, que está nervoso com o dólar, deveria cobrar do presidente bolsonarista Campos Neto, do Banco Central, que fizesse alguma coisa, porque o Banco Central faz política cambial. E o presidente Lula tem que falar as verdades. Não queiram que ele faça ajuste em cima dos mais pobres e do povo brasileiro. Ele não vai mexer no aumento real do salário mínimo, nem desvincular da Previdência. Também vai preservar os pisos da saúde e da educação, precisamos colocar o orçamento público a favor do povo”, assegurou.

Gleisi concluiu com uma crítica direta à liderança do Banco Central: “Precisamos, com urgência, mudar a política do Banco Central, que, ao invés de olhar para o desenvolvimento do Brasil, olha apenas para o mercado. Campos Neto é um atraso para este país. É contra o Brasil que ele está agindo”.

da assessoria