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Política

Ponta Grossa perdeu quase 20 hectares de vegetação nos último 20 anos

A degradação ambiental é um dos principais fatores do calor extremo que afeta cidades de todo o Brasil

há 9 meses

Redação

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Ponta Grossa perdeu quase 20 hectares de vegetação nos último 20 anos
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A cidade de Ponta Grossa cresceu muito ao longo dos últimos 20 anos, graças às políticas estaduais e municipais de industrialização e urbanização. Porém, o crescimento rápido também trouxe consigo algumas dificuldades, como o desmatamento. Entre 2001 e 2023, a cidade perdeu 18,8 mil hectares de cobertura arbórea, o que representa uma redução de 22% em relação ao ano 2000, segundo dados do Global Forest Watch cedidos ao D'Ponta News. Essa perda resultou na emissão de 9,72 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e), contribuindo para o agravamento das mudanças climáticas que afetam todo o mundo. Na prática, significa que a cidade de Ponta Grossa perdeu cerca de 20 mil campos de futebol de vegetação, o que engloba principalmente árvores, nos últimos 30 anos. Isso representa uma redução de 22% de plantas em diversos pontos de Ponta Grossa. Em contrapartida, a cidade também passou a emitir mais carbono nos último anos em comparação aos anos 2000. Ainda segundo dados do Global Forest Watch, 27% do território da cidade é composto por florestas naturais, enquanto outros 9% são áreas com árvores plantadas, como as usadas para fins comerciais. Segundo a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Anhanguera, Ana Carolina Figueiredo, as árvores são as responsáveis por reduzir o calor de grande cidades ao realizar a fotossíntese. “Esse processo ajuda a refrescar o ar, reduzindo a temperatura e aumentando a umidade local, o que torna o ambiente mais agradável. Segundo a NASA, a evapotranspiração das árvores pode diminuir a temperatura do ar em até 2 °C,” explica Ana Carolina Figueiredo. “As árvores também melhoram a qualidade do ar, filtrando poluentes e liberando oxigênio, e aumentam o valor das propriedades em áreas verdes”, afirmou ela em entrevista a GZH. Vale ressaltar que cobertura arbórea refere-se às áreas ocupadas por árvores com mais de cinco metros de altura, sejam florestas naturais ou plantações comerciais. Em Ponta Grossa, a maior parte desse tipo de cobertura é destinada à produção de fibra ou tora de madeira, que abrange cerca de 10,4 mil hectares (5% do território municipal). Embora tenha havido um ganho líquido de cerca de 6,54 mil hectares em cobertura arbórea entre 2000 e 2020 — resultado de iniciativas pontuais de reflorestamento ou regeneração natural — esse crescimento não foi suficiente para compensar as perdas acumuladas ao longo dos anos.

Iniciativas para reverter a situação

A Prefeitura de Ponta Grossa tem implementado projetos estratégicos para mitigar os impactos ambientais e promover o desenvolvimento sustentável. Entre as iniciativas destacam-se: - MasterPlan Ponta Grossa 2043: Um planejamento de longo prazo que inclui metas para preservação ambiental e uso sustentável do solo. O plano prevê ações como reflorestamento, incentivo à agricultura sustentável e monitoramento contínuo dos indicadores ambientais. - Parcerias com organizações sociais: A parceria com o Instituto Mundo Melhor (IMM) reforça ações voltadas à educação ambiental e inclusão social, promovendo capacitações e projetos que impactam diretamente a qualidade de vida da população. - Programas de apoio à agricultura familiar: Projetos como o “Feira Verde” incentivam práticas agrícolas sustentáveis, enquanto iniciativas como o “Porteiro Adentro” melhoram a infraestrutura rural, reduzindo impactos ambientais no campo. Empresas locais também têm investido em sustentabilidade para reduzir emissões de carbono e recuperar áreas degradadas: - Ambev – Cervejaria Carbono Neutro: A unidade da Ambev em Ponta Grossa investiu R$ 137 milhões para reduzir em 90% suas emissões de dióxido de carbono. A empresa utiliza energia renovável, biomassa e créditos de carbono para compensar emissões residuais. Esse modelo sustentável deve ser replicado em outras plantas da empresa. - Águia Florestal – Construções Sustentáveis: A empresa desenvolveu um projeto inovador utilizando madeira de reflorestamento para construção civil. A tecnologia CLT (Cross Laminated Timber) transforma resíduos florestais em materiais eficientes e sustentáveis, como demonstrado na Casa Sustentável instalada na Expoingá. - Copel – Gestão Climática: A Copel incentiva empresas locais a adotarem práticas sustentáveis por meio do projeto Movimento Climático Repenso. A iniciativa oferece ferramentas para calcular emissões de carbono, adquirir créditos de carbono e implementar estratégias de descarbonização.
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